Venezuela – Uma FMA: “Se vocês são venezuelanos, nós também somos venezuelanos!”

26 abril 2017
Foto di Andres David

(ANS – Caracas) – Um vídeo que deu a volta ao mundo mostra uma Religiosa idosa que experimenta falar com um soldado. A Religiosa, Filha de Maria Auxiliadora (FMA), tornou-se o ícone das enormes marchas pacíficas que se fazem na Venezuela para protestar contra o Presidente Nicolás Maduro.

Milhões de pessoas já saíram às ruas para reivindicar os próprios direitos, entre os quais também milhares de religiosos e religiosas. “O protesto cívico e pacífico não é um crime. É um direito! O seu controle não pode ser uma repressão exorbitante” – afirmou, há poucos dias, um Comunicado da Conferência Episcopal da Venezuela, enquanto, infelizmente, ao lado das manifestações realizadas em Caracas, Capital do país, e em outras cidades foram mortas 26 pessoas.

“A Conferência Episcopal Venezuelana – concluía o comunicado – convida todos os cidadãos que acreditam em Cristo e os homens e as mulheres de boa vontade a agir segundo a consciência, segundo os princípios democráticos e segundo as leis do país; assim como a exercitar o direito de protestar e de manifestar publicamente, no respeito às pessoas e aos bens, de modo responsável e pacífico”.

Também o Papa Francisco enviou uma saudação de solidariedade e fraternidade ao Cardeal-Arcebispo de Caracas, Dom Jorge Urosa Savino, devido aos recentes ataques feitos à Igreja e ao mesmo Cardeal por parte de grupos radicais, que levaram inclusive à interrupção de uma Santa Missa, na Basílica de Santa Teresa.

Em tal contexto, no dia 22 de abril, milhares de venezuelanos participaram da “Marcha do Silêncio”, para lembrar as pessoas mortas nos protestos. Enquanto caminhavam, muitos rezavam. Entre esses havia também a Ir. Esperança, Filha de Maria Auxiliadora (Salesiana), cuja imagem perto de um membro da Guarda Nacional Bolivariana saiu nas primeiras páginas de muitos jornais.

“Não nos deixavam passar – disse a Religiosa, lamentando-se de que tivessem começado a atirar; por isso, disse: – Acheguei-me ao chefe e lhe perguntei como fosse aquilo possível: «Se vocês são venezuelanos, nós também somos venezuelanos»”. E acrescentou mais: “Eu não tenho medo de vocês!”.

Para desacreditar a Ir. Esperança houve quem fizesse circular a voz de que a religiosa não é venezuelana. A cruz que a religiosa leva ao peito, entretanto, é um sinal de que é uma «Filha de Maria Auxiliadora» e que no coração carrega a força do Cristo crucificado.

InfoANS

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