México – Haitianos em Tijuana: “Demos acolhença e ajuda a todos quantos podíamos”
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18 outubro 2016

(ANS – Tijuana) – Todos os dias, centenas de migrantes haitianos chegam a Tijuana para tentar passar aos Estados Unidos. E desde que iniciou a situação os Salesianos fazem de tudo para atender a todas essas pessoas.

Por Édgar Velasco

Makena Morego tem 14 anos. E não para de rir. Fala, gesticula e volta a rir. Chegou a Tijuana, faz 10 dias, do Haiti, porque seu país natal “tem muitos problemas”. Makena está a esperar por seu turno para entrar nos Estados Unidos. Nesse meio tempo, diz que a estão tratando muito bem “graças a Deus”. E não para de dançar. E de rir.

Milhares de migrantes provenientes do Haiti chegaram a Tijuana e a Mexicali. O P. Felipe Plascencia, Diretor do Centro salesiano, explica que a situação aparece muito confusa: “O Senado dos Estados Unidos tinha anunciado que daria um tratamento preferencial aos haitianos concedendo-lhes residência. Todos os dias, entretanto, cerca de 400 pessoas chegam aos confins do México, enquanto as autoridades estadunidenses só deixam entrar 90. Deste modo, são perto de 4.500 os migrantes haitianos estão ali bloqueados”.

Entre esses bloqueados há também Agne Jean, já faz uma semana, em Tijuana. Diz que veio ‘em busca de uma vida melhor’; e nessa busca acompanha-a o filhinho de 5 anos.

Tanto Agne quanto Makena passam a noite no ‘Refeitório Salesiano Padre Chava’, junto com outras 150 pessoas (homens, mulheres, crianças de todas as idades). Sita à ‘Avenida Ocampo, 700’, essa estrutura mudou recentemente as suas dinâmicas: se antes o frequentavam em média 80 migrantes mexicanos e centro-americanos, agora recebe sobretudo haitianos. Para o P. Felipe Fernández, Ecônomo da Obra salesiana de Tijuana, essa situação é ‘uma novidade humanitária que despertou o interesse da sociedade’.

Às 19 horas fecham-se as portas do refeitório. Quantos conseguiram entrar, buscam comida e um lugar em que ficar. Dentro estão os jovens do Centro Universitário Pacífico (Unipac), que organizam cantos e danças, para espairecer... Outros voluntários preparam ou servem a comida.

“Temos dado acolhença e ajuda a todos quantos pudemos” – conta mais uma vez o P. Plascencia, embora reconhecendo que a situação não é otimal. E, embora alguns cálculos sugiram que até o fim do ano a afluência de haitianos deveria declinar, tudo parece indicar que a dinâmica atual poderia durar até nove meses.

InfoANS

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