Preocupados com esse cenário, os filhos de Dom Bosco tentam mudar essa terrível situação através do Centro para a Proteção da Infância (‘Child Protection Center’ – CPC). Na cidade de Tema, perto da Capital, Acra, os Salesianos acodem 52 crianças e adolescentes (46 rapazes e seis meninas) de 7 a 17 anos, que ali chegam após sofrer diversos traumas – menores abusados, que não vão à escola ou que tiveram de a deixar ainda muito pequenos.
Emanuel Anani tem 11 anos: hoje é um dos residentes do CPC. As crianças que ali chegam vêm através de Ongues ou da Polícia, depois de alguma denúncia. No centro frequentam cursos escolares pela manhã, e de tarde fazem atividades de instrução/educação não-formal.
O caso de Emanuel não é diferente daquele de outros rapazes de sua idade. A mãe separou-se e se mandou com outro cara, deixando a família na mão. Emanuel foi mandato por uma tia à região do Lago Volta e ali pouco a pouco deixou de ir à escola, porque o tio lhe empurrava trabalho e o fazia transportar água durante longuíssimos dias, e, mais: o maltratava.
Quando chegou ao centro, Emanuel era superagressivo e não aceitava indicações. Mui lentamente está superando os traumas: já faz amizades, é feliz de voltar à escola, deseja aprender.
Como todos os adolescentes, tem um sonho: “Quero ser um Diretor de Banco”.