Guatemala – Raúl Vásquez Diéguez: ex-aluno e Salesiano Cooperador multipremiado

24 janeiro 2018

(ANS – Cidade da Guatemala) – Raúl Vásquez Diéguez define-se como “salesiano desde o nascimento”: “Conheci Dom Bosco desde criança, passei toda a minha vida junto dele na escola salesiana da minha cidade… Dom Bosco sempre esteve ao meu lado”. Ele prestou serviços em nível local, nacional e regional, na Associação dos Salesianos Cooperadores e na Associação dos Ex-alunos, da qual foi por vários anos Diretor e Delegado para os Ex-alunos da Obra Técnica da Cidade da Guatemala e coopera com a Fundação “Alberto Marvelli” em favor dos jovens mais pobres. Pelo seu trabalho foi premiado pelo governo italiano com a condecoração de “Cavaliere Stella della Solidarietà”, e pela Santa Sé com a “Cruz Pro Ecclesia et Pontifice”.

Porque foste premiado ?

Também eu faço a mim próprio esta pergunta. Porquê a mim esse prémio? Como que a premiar os meus anos de prestação como Salesiano Cooperador e como Antigo Aluno. Eu sinto-me um verdadeiro Salesiano Cooperador e um autêntico Antigo Aluno de Dom Bosco! Não posso ser uma coisa sem ser a outra. Está como a alma para o corpo, como o dia para a noite… Este reconhecimento é de todos nós Antigos Alunos, os Cooperadores dos Salesianos de Dom Bosco; toma-se como uma aprovação significativa pelo trabalho da Família Salesiana e uma boa maneira para ouvirmos dizer a todos «estais na linha da frente’…».

Para ti, quais são os valores mais importantes?

Os que aprendi em casa, no seio da família. A minha mãe é muito piedosa, daquela religiosidade prática, muito ativa, com a qual não nos podemos esquecer que Deus está junto de nós através das pessoas, especialmente das mais fragilizadas. Por isso os valores essenciais são os da cordialidade, do saber escutar mais do que falar, da fidelidade, do serviço, da doação de nós próprios…

Consideras que a figura de Dom Bosco ainda nos pode servir de ‘guia’ no dia de hoje? E porquê? É importante a presença dos Salesianos nas redes sociais como no Facebook, Twitter, etc.?

«Penso que sim. Vivemos na era da comunicação e sem dúvida que Dom Bosco teria utilizado o Facebook, Twitter, Internet, e também o telemóvel (celular)… Porque são os meios usados pela juventude de agora, constituindo um irrefutável meio e a possibilidade para fazer o bem e para lutar contra o mal, contra tudo aquilo que não serve ou é inútil para a pessoa humana e para o Reino do Céu.

Em tua opinião, qual é o desafio maior que temos de enfrentar?

«Como Antigo Aluno penso que seja o de colaborar mais estreitamente com os Salesianos. Isto é, dispormo-nos a assumir a incumbência de algumas funções e até de Obras, juntamente com os Salesianos, dado que partilhamos o carisma e o espírito de Dom Bosco. Por certo poderíamos fazer muito, mais e melhor; pois que eles tantas vezes, por razões de idade avançada ou por falta de saúde já não podem trabalhar como quereriam, então nós podemos suprir mas eles que se deixem ajudar. Quero dizer: nós, filhos (somos FS) deveríamos assumir a responsabilidade dos nossos ‘pais espirituais’ para garantir a vivência de uma verdadeira ‘família’ ao serviço de tantos jovens necessitados. Penso ter chegado o momento de trabalharmos, não como jogadores no banco de ‘suplentes’ a ver o jogo ou recordando o passado, falando só do tempo em que fomos alunos. Devemos jogar!.

Quais são para ti os elementos de ideias e de praxis que deviam caraterizar um leigo crente?

«Penso que o leigo deve ser ‘prático’-‘concreto’-‘um marco’, sem esperar para agir, sem elaborar muitos programas, como se tornou habitual organizar “uma comissão que começa e dá origem a outra comissão’… ou seja: não ser demasiado burocrático, mas pragmático, sem exagero, com bom senso. Trabalhar e rezar, como fazia Dom Bosco; o tempo não se pode perder; os leigos não podem ser expetantes de respostas, especialmente da política, da economia, da cultura. Tudo aquilo que diz respeito aos jovens tem o cunho de ‘imediato’!.

Com quem gostavas de te assemelhar? Como vês o teu futuro?

Parecer-me com Dom Bosco, seria presunção. Mas aquele Dom Bosco que conheci, através de muitos excelentes Antigos Alunos, um Dom Bosco amigo, amável, sempre pronto a ouvir com o coração, a compreender os tempos e sobretudo o ‘agora’ dos jovens, um Dom Bosco capaz de rezar no meio dos obstáculos do mundo e da vida. Pensando no futuro não o vejo como algo de feio. Penso na morte e para ela me quero preparar. Sabes, gostaria de morrer em plena atividade, no meio dos jovens, talvez no recreio, na sala de aulas, na capela; cair por terra trabalhando, ao estilo de Dom Bosco. Não é uma forma romântica de falar e um modo concreto de conduzir a própria vida?

Fonte: Exallievi NewsFlash

InfoANS

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