Itália – Levar Misericórdia aos jovens detentos
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15 novembro 2017

(ANS – Catânia) – Visitar os jovens detidos na prisão, acompanhá-los nas várias atividades que ali se fazem – nas aulas, na hora de recreio, nas oficinas, na catequese ou na igreja para a missa – a missão fundamental para um capelão, como para um educador, é “levar misericórdia”.

Pelo P. Francisco Bontà SDB

“Levar misericórdia” é sempre um desafio, especialmente num ambiente difícil como é a prisão de menores “Bicocca”, em Catânia: è um lugar exigente, mas belo para quem cada dia aposta no crescimento desses jovens que, como dizia Dom Bosco, “têm um ponto acessível ao bem”. São essas potencialidades que devem ser descobertas pelo educador.

“Levar Misericórdia” quer dizer levar-lhes uma carícia de Deus – como repete o Papa Francisco – , porque assim fez Deus por primeiro conosco, com a sua misericórdia, por meio de Si mesmo: levá-la àqueles que têm maior necessidade, àqueles que sofrem na alma e que estão tristes. Aproximar-se-lhes com aquela carícia que Deus usou conosco.

Então todos aqueles que vão ao encontro dos jovens na escola, nas atividades, no tempo livre – professores, educadores, agentes, voluntários… – tornam-se um sinal de Deus, um Deus concreto, um próximo.

Aos olhos daqueles que se expendem pelos mais pequenos, veem-se minúsculos gestos de amor, de ternura e de solicitude: é assim que Deus se torna mais próximo deles.

É preciso olhar para Cristo, porque Ele se empenhou de maneira total por re-dar esperança aos pobres, a quantos estavam destituídos de dignidade, aos estrangeiros, aos doentes, aos prisioneiros; e os acolhia com bondade e respeito. Em tudo isso, Jesus era a expressão viva da Misericórdia do Pai.

O serviço junto a detentos é “sempre um ministério difícil” – como diz o P. Raffaele Grimaldi. É preciso – repete – ser «pessoas de escuta, e defrontar-se com histórias de grande sofrimento”.

E prossegue: “Não possuímos varinha mágica, mas atrás de nós está a Igreja que nos envia. Há no cárcere uma comunidade cristã: talvez desobediente, que errou, mas que espera por um anúncio. E os capelães devem fazer de ponte entre Prisão e Paróquia(s), envolver a(s) comunidade(s) ‘fora’, para que a pastoral ‘dentro’ não sucumba. Ou se torne invisível”.

InfoANS

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