Japão – A surpreendente história do Salesiano Coadjutor mais idoso do País

04 julho 2018

(ANS – Tóquio) – O Sr. Antonio Fumio Akabae é um Filho espiritual de Dom Bosco, nascido em Nagasaki, em 1929, numa família de “Kakure Kirishtan” – comunidades cristãs clandestinas que sobreviveram à perseguição que durou 275 anos. Por graça de Deus, ele sobreviveu ao bombardeamento atômico de Nagasaki de 9 de agosto de 1945 e, em seguida, fez-se Salesiano, para viver uma longa e laboriosa vida a serviço dos jovens.

O que o faz feliz na comunidade de Tóquio-Chofu?

Agradecendo a Deus, também nesta idade ainda posso contribuir para a nossa comunidade. Estou em Chofu há 15 anos cuidando do jardim. Sou feliz porque a comunidade me confiou esse trabalho. Dá-me alegria aos 89 anos!

Qual o segredo da sua saúde?

Jamais teria imaginado viver até hoje. Quando tinha 15 anos quase toda a minha família morreu no bombardeamento atômico de Nagasaki. De uma grande família de quatro irmãos e cinco irmãs somente eu meu irmão sobrevivemos. Aos 13 anos eu começara a trabalhar como pescador e no momento da catástrofe nuclear eu estava num navio pesqueiro em mar aberto. Depois da guerra não podia esquecer aquela dor, mas aos poucos a contagiosa alegria salesiana mudou a minha vida e venci aquela profunda tristeza.

Como nasceu a sua vocação salesiana?

Antes da minha formação inicial como aspirante e depois noviço em Miyazaki, meu irmão mais velho já era seminarista. Quando voltava para visitar a família, convida-me: “Vem e segue-me!”. E quando fui visitar a casa salesiana, aquele espírito agradou-me muito! Seguindo os conselhos do meu irmão deixei de fumar e encaminhei-me no percurso formativo de Salesiano Coadjutor.

Tem algum conselho para os jovens Salesianos?

Nada de especial, visto que vivemos numa família. Só uma coisa: “não fofocar, por favor!”

Qual é o seu santo salesiano preferido?

Santo Antonio é o meu patrono, mas não é Salesiano... E digo, então, Mons. Vicente Cimatti. Desde os tempos do aspirantado que frequentei em Miyazaki conservo o seu testemunho no coração. Não posso esquecer a sua oração matutina na capela, quando tirava os sapatos para não acordar antes do tempo os outros Salesianos da comunidade. Sobretudo, Mons. Cimatti era muito alegre e atento às nossas famílias. Perguntava-me com frequência da saúde dos meus caros.

Fonte: AustraLasia

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