Síria – A guerra destruiu os corações, mas entre os jovens persiste uma Fé inabalável

18 novembro 2016

(ANS - Alepo) – Os títulos de muitos jornais, em todo o mundo, relatam o drama do povo sírio. “Ninguém chora pela Síria”, “O mundo não reage ao maior drama humano depois do de Ruanda”. “A ninguém interessa o que nos acontece, a nós, Sírios, nem que as bombas devastem as nossas casas ou que morram os nossos filhos. Ninguém faz nada para prevenir os massacres ou para ajudar a quem perdeu tudo quanto tinha” – dizia desesperada uma senhora anciã, enquanto entrava em terra turca. A guerra na Síria está a recrudescer nos últimos meses, tanto que os Salesianos falam de “níveis muito altos de falta de humanidade”.

Os mortos superam o meio milhão. São mais de 1.600.000 os feridos. E mais de 11.000.000 os refugiados. Neste contexto, os Salesianos continuam a servir a população no modo mais normal possível, embora por entre um cenário cercado de violência, sem água, sem luz, sem comida.

A violência na Síria iniciou em março de 2011. O P. Alejandro León, missionário salesiano na Síria, diz que “não é uma guerra civil; é uma guerra de dois exércitos: um sírio e outro feito de muitas nacionalidades (mais de 80!), com muitas forças e muitíssimos... interesses”.

Os Salesianos, em suas três presenças na Síria (Alepo, Damasco, Kafroun), tiveram de viver situações difíceis, “como quando um menino que esperava pelo ônibus para vir à nossa casa morreu pela explosão de uma bomba; ou como quando dois jovens animadores morreram junto com a Mãe em sua casa durante um bombardeio” – relembra o P. León.

Na Síria, reconhece o salesiano, “toda pessoa tem pelo menos um morto que chorar... Mas o problema é a dor: que pode engendrar... vinganças”.

Entretanto, continua, “temos visto muitas bênçãos e muitos milagres: a guerra conseguiu fazer quanto os missionários não tinham obtido anteriormente: uma Fé inabalável nos Jovens. A guerra destruiu os corações e a humanidade de muitos: mas muitos outros encontraram uma Fé verdadeira, de se tirar o chapéu”.

Entretanto a quem importam realmente os números? “O número de refugiados supera os 2 milhões (2.000.000) de pessoas, que não recebem ajuda humanitária. Quatro milhões e meio (4.500.000) são as pessoas refugiadas. E quatro milhões (4.000.000) as Crianças/Adolescentes que estão a correr um mui grave perigo”.

InfoANS

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