Síria – Ainda há esperança em Alepo. Testemunho do P. Luca Pellicciotta

11 julho 2018

(ANS – Alepo) – Alepo é a cidade mártir da Síria. Uma cidade profundamente ferida. Nos prédios. Sobretudo nas almas. Nos corações dos seus habitantes. São tantas as pessoas a quem a guerra roubou anos. Anos de serenidade. De normalidade. Mas Alepo quer renascer. É uma cidade que não se rende. Que tenta voltar – lentamente – à normalidade.

É dessa cidade “dos paradoxos” que nos fala o P. Lucas Pellicciotta SDB, que em Alepo diz não ter achado somente sofrimento. Encontrou também muita esperança.

“Há vontade de renascer, de sentar num bar e tomar um chá ou um sorvete, para contrastar as horas quentes do dia. Há desejo de dançar, de gritar, de correr... (Desmedidamente talvez...) Mas é normal depois de uma guerra que violou e ofendeu todas as medidas e parâmetros” – raconta P. Lucas.

Uma guerra que dura anos, mas que não abalou a Fé dos cristãos que vivem ali: “Estou a enriquecer-me pela profundidade e Fé dos cristãos de Alepo – prossegue o P. Lucas – . Aqui a Fé não é uma etiqueta, um slogan, uma máscara que pôr e tirar, segundo as circunstâncias. Aqui a Fé é vida. Os Cristãos sabem o que significa crer em Deus quando sua vida pende de uma bomba que lhe poderia cair perto ou mesmo em cima da cabeça”.

Os salesianos em Alepo continuam de fato a alimentar a Fé e a Esperança, prosseguindo o seu trabalho, como o fizeram nos dias mais negros e turvos: “Muitos fecharam, trancaram as portas. Os salesianos não! Dom Bosco estaria contente com a fidelidade e o amor aos jovens alepinos” – acrescenta.

Os rapazes de Dom Bosco, em Alepo, têm depois muita sorte: a de contar com tantos jovens, pelo mundo, que rezam constantemente por eles: “Continuemos a ofertar este presente da oração – exorta de fato o P. Lucas – que é a única coisa realmente útil para uma verdadeira e radical renovação espiritual de Alepo”.

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