Itália – Antigas crianças-soldado tornam-se motores de paz quando curadas as feridas de guerra
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21 março 2018

(ANS – Turim) – A emoção era palpável em Valdocco na última quinta-feira, 15 de agosto, durante a audição dos testemunhos da pequena delegação da obra salesiana “Ciudad Don Bosco”, de Medellín, convidada a Turim para descrever a ação pacificadora que os Salesianos conduzem na Colômbia.

P. Rafael Bejarano, SDB, Jovana Ruiz e Claudia Yazmin permitiram aos mais de cem participantes do encontro “Cicatrizes de guerra. Matrizes de paz”, organizado por Missões Dom Bosco, entrar em contato direto com o projeto de reinserção social das antigas crianças-soldado.

Colaboraram com eles Bruno Desidera, jornalista que recapitulou a história do conflito, e Alessia Andena, que apresentou as impressões da visita de Missões Dom Bosco à Ciudad Don Bosco em setembro de 2017.

Inicialmente, o P. Bejarano agradeceu àqueles que desde a Itália apoiam Ciudad Don Bosco, porque compreenderam que a atenção dada a adolescentes e jovens que fugiram ou foram salvos dos grupos de combatentes (em mais de 15 anos, a média é de uma centena por ano) é um elemento importante para a pacificação da Colômbia.

O referendum que recusou o acordo de paz de 2016 entre governo e FARC é um indicador exato do quanto o perdão recíproco tem dificuldade de unir-se às exigências de justiça. Contudo, como explicou eficazmente Claudia Yazmin, o único caminho possível é o compromisso entre a exigência de julgar quem cometeu atrocidades e a possibilidade de tornar irreversível o retorno a uma normal vida civil – caminho no qual os jovens que saem da Ciudad Don Bosco podem ser protagonistas.

Jovana Ruiz apresentou as etapas do caminho proposto pelos educadores salesianos às antigas crianças-soldado: a primeira fase é a da conquista de confiança, à qual segue a “capacitação”, isto é, a recuperação dos itinerários escolares interrompidos e que passa através de práticas de aquisição da consciência de si. Enfim, o retorno: às famílias – quando possível – e à vida social, mediante práticas e inserções no trabalho tendo os educadores ao lado.

Após os cumprimentos do Presidente de Missões Dom Bosco, Sr. Giampietro Pettenon, SDB, Elisabetta Gatto, antropóloga de Missões Dom Bosco, que preparou e moderou o encontro, comentou que o “modelo” apresentado para a Colômbia poderá ser proposto validamente também em outros Países onde conflitos mais do que decenais pareceriam não dar espaço a qualquer esperança de paz.

Para outras informações: Missioni Don Bosco

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