O objetivo do encontro virtual foi informar as famílias sobre como este início de ano letivo atípico foi vivido nas escolas: quais as emoções mais sentidas nas comunidades educativas e quais as preocupações e solicitações, seja por parte dos professores como das famílias e alunos. Além disso, buscou-se abrir uma porta para a esperança, para viver esse tempo cheio de incertezas e confusão, como um aprendizado.
“Sentimos que devemos ser um exemplo para os mais novos e fazer bem as coisas”, comentou Alba Badajoz, aluna do terceiro ano do ensino médio. “E que temos que facilitar a vida dos professores criando uma boa dinâmica em sala de aula”, acrescentou Julia Martín, da mesma idade.
Pilar Gallego e Luzma Yepes, respectivamente orientadora e diretora pedagógica, concordam que é importante valorizar o acompanhamento e a escuta ativa dos jovens: “Devemos estar presentes, acompanhá-los neste momento que vivemos com tanta tensão”, disse a primeira. “Esta é uma oportunidade de ouro para criar um acompanhamento mais próximo e para ajudá-los a desenvolver as habilidades que agora se fazem necessárias”, completou a segunda.
Os participantes enviaram uma mensagem de confiança às famílias e à sociedade. As medidas sanitárias adotadas na escola são boas e há espaços educativos seguros. “Nós, famílias, vivemos o início do ano letivo com muitas incertezas, mas fomos tranquilizados pelo trabalho realizado pelas comunidades educativas e pela resposta exemplar dos alunos nas salas de aula”, disse Jesús Jiménez, representante das famílias. “Estamos vivendo uma situação extremamente educativa, que está a nos ensinar coisas fantásticas, onde todos temos algo a oferecer”, acrescentou Josean Prol, Diretor Geral do colégio “Salesianos Deusto”, em Bilbao.
O conceito de estar bem informado, de comunicar, de explicar, foi muito mencionado no debate. “Sentimos que as notícias não são inteiramente verdadeiras... Não procuro notícias, apenas informações fornecidas por quem está próximo, pelas pessoas nas quais confio”, disse a aluna María Hernando, que cursa o segundo ano do Bacharelado.
Para encerrar o debate, foi proposto que todos escolhessem um título que reflita o desejo de sair mais fortalecidos desta situação. Foram novamente colocados em evidência aspectos referentes ao cuidado, paciência, gratidão, criatividade, valor do grupo para caminhar juntos perante o individualismo, o trabalho bem feito e o apoio aos jovens em suas esperanças de futuro e ações presentes.