Cuba – O P. Bruno Roccaro, “história viva da Igreja cubana”, descansa em paz

05 novembro 2020

(ANS - Santa Clara) - No último dia 3 de novembro – poucos meses depois do seu 100º Aniversário, celebrado no dia 23 de julho – o missionário salesiano P. Bruno Roccaro concluiu a sua peregrinação terrena. “História viva da Igreja cubana, italiano de nascimento, cubano por vocação”, assim o recordaram seus coirmãos de Cuba.

Nascido em Scorzé, nas proximidades de Veneza, no dia 23 de julho de 1920, Bruno Roccaro foi o caçula dos 17 filhos de Maria Bertolin e Pietro Francesco Roccaro. Cresceu numa família de origem camponesa e vida simples, na qual se respirava um "clima de Fé" e todos eram "muito comprometidos com as atividade pastorais", tanto que seu irmão Luigi também foi missionário salesiano no Chile e 11 de seus sobrinhos também abraçaram a vida religiosa.

Aluno das Escolas salesianas, em 1937 ingressou no noviciado de Este e, no ano seguinte, emitiu os primeiros votos. Foi ordenado sacerdote no dia 3 de julho de 1949, em Monteortone.

Aos 50 anos, foi enviado a Cuba pelo então Reitor-Mor P. Luigi Ricceri, para colaborar na formação dos sacerdotes. Como salesiano, o P. Roccaro dedicou a maior parte de sua vida sobretudo à formação: antes na Itália e depois, a partir de 1970, em Cuba, onde atuou por 25 anos como formador e coordenador dos estudos no Seminário Interdiocesano "São Carlos", em Havana. Em Pádua, formou-se em Matemática, com habilitação para lecionar Matemática e Física no ensino médio. Em Cuba, foi Delegado dos Salesianos durante 22 anos, período no qual estabeleceu relações com numerosas autoridades, eclesiásticas e civis, e com religiosos. Ele também é lembrado por sua contribuição à Reflexão Eclesial Cubana (REC), que abriu caminho para o Encontro Eclesial Nacional de Cuba (ENEC, em espanhol) em 1986.

Na última carta que escreveu a seu sobrinho Ilario, no dia 24 de setembro deste ano, disse: “Me contaram que você está preocupado com minha saúde. Não se trata de alarmar-se, mas sim de olhar a realidade de frente e continuar a viver e a trabalhar como sempre, para a maior glória de Deus e o bem das pessoas”.

Na homilia fúnebre, o Bispo de Santa Clara, Dom González Amador Marcelo Arturo disse que o P. Roccaro deixa três mensagens: à Igreja de Cuba, que empreenda sempre, com a ajuda do Espírito Santo, novos caminhos para o Evangelho; à Família Salesiana, que preserve e faça crescer o espírito de Dom Bosco; e a todos, que promovam a Causa de beatificação e canonização do Venerável P. José Vandor, missionário húngaro em terras cubanas e de quem o P. Roccaro foi um grande admirador até os últimos dias de sua longa vida.

Num Seminário promovido pela Postulação Geral de Roma em 2018, durante o pensamento da "Boa noite", o P. Roccaro, além de falar de sua longa vida missionária e de seu compromisso na Causa do P. Vandor, deixou a todos seu programa de vida, parte da santidade a que todos são chamados: “Deixa que eu possa conhecer-te e amar-te; e tornar-te conhecido e amado”.

InfoANS

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