Líbano – O oratório salesiano um oásis de paz num contexto de crise

21 julho 2021

(ANS - El-Houssoun) – O verão ‘Estate Ragazzi’ (colônia de férias para meninos) – organizado pelos salesianos no Líbano, na casa de montanha de El-Houssoun (distrito de Byblos) – se mostra cada vez mais um como oásis de paz, serenidade e convivência, num contexto sociopolítico-econômico dramático, inédito na história centenária do Líbano moderno.

Envolvidos nas férias perto de 800 entre meninos e meninas: libaneses, sírios e iraquianos, com dezenas de animadores voluntários, adequadamente preparados. Os sírios e iraquianos são todos refugiados, residentes no Líbano há vários anos, Os sírios estão à espera de poder reentrar em seu País. Já os iraquianos esperam por ser acolhidos em outro País. Enquanto os sírios são todos muçulmanos e os iraquianos, cristãos: os libaneses são mistos (embora em sua maioria sejam cristãos). Conformemente à demografia da zona, habitam num raio de 10 a 15 km do Centro salesiano. Também os meninos sírios moram na zona. Os iraquianos, ao invés, residem nos subúrbios de Beirute, a mais de 40 km de distância. Para todos o transporte é garantido. Também a distribuição diária de um pãozinho e um refrigerante.

Nunca a Casa salesiana de El-Houssoun tivera uma ‘colônia’ tão numerosa, mesmo considerando que a   frequência diária se divida ao longo dos dias da semana, segundo a nacionalidade e a idade dos participantes (de 6 a 15 anos).

Um programa (formativo e de recreação), coletivo ou em grupos, constitui o núcleo central, acompanhado por momentos de atividades lúdicas livres, sobretudo esportivas.

“É impressionante ver a alegria que brilha no semblante das crianças e adolescentes, e o entusiasmo com que participam das várias atividade propostas – escrevem do oratório – . Até as meninas muçulmanas que trazem o véu, põem de lado a sua tradicional reserva para deixar-se envolver pela atmosfera que as rodeia”, acrescentam.

Tudo isso contrasta intensamente com o clima atualmente dominante no País: desânimo, pobreza e, não raramente, miséria; também desemprego, desvalorização galopante da lira libanesa, instabilidade e por vezes insegurança, falta de produtos básicos, de medicamentos, dos serviços sociais mais elementares. Dia após dia, numa crise que já dura dois anos, agravada pela pavorosa explosão no porto de Beirute (em 4 de agosto de 2020), não se vê qualquer flâmula de luz.

Semear alegria, confiança, e infundir esperança, além de prestar uma ajuda concreta, continua o objetivo primeiro dos filhos de Dom Bosco na atual conjuntura do Líbano. Espera-se pelo dia em que a luz acabe por triunfar... Então, o Líbano voltará a ser o “país-mensagem” descrito pelo Papa São João Paulo II.

InfoANS

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