Haiti – A mais de um mês do terremoto persistem graves os problemas...

20 setembro 2021

(ANS - Port-au-Prince) - Em 14 de agosto de 2021, mais um terremoto, de 7,2 ° Richter, devastou o Haiti, atingindo principalmente o sul do país. Mais de um mês depois, a situação ainda é alarmante. Muitas pessoas perderam a esperança e a resposta das autoridades é insuficiente no que diz respeito às necessidades. A Família Salesiana continua prestando assistência a milhares de pessoas.

Até o momento, o balanço aponta 2.200 mortos, 330 desaparecidos e mais de 12.700 feridos, de acordo com autoridades da proteção civil. Além das perdas humanas, cerca de 53.000 casas foram destruídas e 77.000 danificadas. Estes dados ainda estão... longe de refletir a realidade, uma vez que algumas áreas remotas ainda estão inacessíveis e alguns casos ainda não foram relatados.

Além disso, milhares de pessoas afetadas por esta calamidade vivem em regiões rurais, e os hospitais ainda estão lotados. ONGs, congregações religiosas e voluntários estão prestando assistência humanitária às vítimas, assumindo um papel que deveria ser do Estado, mas ainda falta muito.

Em termos de resposta pós-terremoto, a primeira fase de socorro só foi concluída na segunda semana de setembro. Desde então, foram iniciadas as operações de demolição, durante as quais os agentes do Ministério do Interior e dos Coletivos Territoriais (MICT) identificam quais casas precisam ser demolidas, quais ainda é possível reformar e quais permaneceram intatas. Alguns prédios já foram demolidos - incluindo escolas, igrejas e residências - e a caravana de demolições continua. Les Cayes, a principal metrópole do Sul, está irreconhecível e as obras de reconstrução ainda quase inexistentes.

Felizmente, muitas congregações religiosas e ONGs particulares de vanguarda estão prestando assistência aos necessitados. Os salesianos presentes em Les Cayes, por exemplo, já atenderam cerca de 2.500 vítimas. Uma das últimas ações, de acordo com o P. Cazy Guilteau, Diretor da obra, foi realizada há poucos dias, em colaboração com a Fundação "Tzu Chi" (uma das organizações internacionais mais ativas em Les Cayes neste período): a distribuição de sacos de arroz e outros kits de alimentos a milhares de vítimas.

A comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora, por sua vez, já atendeu quase 2.000 pessoas por meio de três distribuições de itens. Embora a escola das Irmãs também tenha sido totalmente destruída, a Diretora, Ir. Aline Nicolas, está muito preocupada com a situação das famílias da região: ela pede aos Benfeitores que continuem a ajuda-las: “Não é nossa intenção mantê-las em assistência perene. Entretanto, este é um momento de extrema necessidade” – observa a religiosa.

A situação nos outros municípios não é muito diferente. A prefeita de Camp-Perrin, Fénicile Massius, informou que as autoridades estaduais a contataram apenas para fins de investigação. "Mas se nada for feito nas próximas semanas, pessoas morrerão de fome", disse ela.

Muitos, então, se perguntam: "Quantos anos a região sul, em particular a cidade de Les Cayes, levará para se recuperar deste terremoto?"

InfoANS

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