A resposta dos salesianos da PLS após o início da guerra pode ser resumida em três compromissos principais. Desde o início, houve um esforço concentrado em fornecer ajuda humanitária imediata às pessoas que se encontravam nas presenças salesianas da Ucrânia e arredores, transportando e distribuindo alimentos, roupa, suprimentos médicos, geradores elétricos... entre os centros salesianos, que se tornaram centros de distribuição para famílias e outros centros vizinhos. Alguns espaços maiores, como, por exemplo, as igrejas, foram transformados em armazéns para suprimentos que aguardavam a fase da distribuição entre os necessitados.
Uma segunda linha de ação foi garantir a continuidade da educação aos alunos ucranianos, o que compreendeu o fornecimento de computadores e outros materiais escolares aos alunos e professores para o ensino à distância. Alguns alunos e professores se refugiaram no exterior, mas conseguiram manter contato e a continuidade das aulas, graças a esse esforço. O período letivo está chegando ao fim e, em breve, os alunos participarão de acampamentos de férias de verão.
A terceira resposta foi a acolhença de refugiados na Polônia, em sua maioria mulheres e crianças. Foram recebidos em casas de famílias, comunidades religiosas, paróquias, e outros centros de serviço social (e não só em campos de refugiados). A Casa Inspetorial da PLS, por exemplo, conta atualmente com 16 refugiados ‘estáveis’. Esta terceira resposta envolve toda uma série de outros compromissos, que precisam ser mantidos: fornecimento de alimento, vestuário, acompanhamento psicológico, formação e colocação profissional, cuidado a crianças, atividades recreativas...
O P. Marcin também comentou a confusão inicial das respostas nas primeiras semanas da guerra, devido à surpresa, sobre a melhor maneira de apoiar os serviços ou sobre como e com quem se comunicar. Hoje, a Procuradoria Missionária de Varsóvia está encarregada de coordenar a distribuição da maior parte dos fundos para a região. A generosidade recebida de todo o mundo salesiano - inclusive do Canadá e dos Estados Unidos - tem sido verdadeiramente notável. Para o futuro, no entretanto, há algumas incógnitas. Por exemplo, o governo polonês conseguiu ajudar com alguns fundos; porém, essa ajuda terminará em julho...
Como a guerra infelizmente continua, superado o choque e a consternação iniciais, chegou a hora de muitos refugiados se adaptarem à nova vida, enquanto outros já voltaram à Ucrânia, especialmente aqueles que viviam na parte ocidental do país. As grandes áreas urbanas da Polônia estão no limite de sua capacidade de fornecer serviços sociais; e os recém-chegados são levados para cidades e vilarejos menores. Alguns conseguiram encontrar emprego na Polônia, embora não seja fácil para as mulheres ucranianas achar trabalho com que possam sustentar a família. Quanto aos menores, estima-se que 300.000 crianças ucranianas em idade escolar se tenham refugiado na Polônia. Elas recebem aulas de polonês para que possam se integrar melhor no sistema escolar a partir de setembro; e as sete escolas da Inspetoria PLS também estão se preparando para a integração dos estudantes ucranianos.
O P. Kaznowski relatou que, de um modo geral, conseguiu manter uma comunicação regular com os salesianos na Ucrânia por Internet e que, há algumas semanas, também conseguiu se encontrar pessoalmente com os salesianos de Leópolis, que continuam a ajudar as famílias locais, em meio à escassez de mercadorias e mui altos preços. Comentou que cada pessoa possui uma história única nesta tragédia: alguns chegaram à Polônia porque suas casas foram bombardeadas; outros voltaram à Ucrânia para manter suas famílias unidas... Todavia, mesmo em meio a toda essa DOR, há tanta bondade no acolhimento de tantas pessoas, nos salesianos que brincam com crianças ucranianas na Casa Inspetorial, na generosidade e na solidariedade de tantíssimos...
Para saber mais sobre a resposta salesiana à emergência da guerra na Ucraína, visione os vídeos feitos pela Procuradoria Missionária Salesiana, de New Rochelle-NY “Salesian Missions”, disponíveis na internet.
P. Tim Zak SDB, Inspetor SUE
