Cazaquistão – "A fraternidade une a todos, como filhos e filhas do mesmo Céu", diz o Papa Francisco no Congresso de Líderes Religiosos em Nur-Sultan

14 setembro 2022
Foto © : Vatican Media

(ANS – Nur-Sultan) – Começou ontem, 13 de setembro, a 38ª Viagem Apostólica do Papa Francisco. Até 15 de setembro, o pontífice estará em Nur-Sultan, capital do Cazaquistão, no coração da Ásia, para participar do Congresso de Líderes Religiosos das Religiões mundiais e tradicionais.

O Papa Francisco desembarcou ontem à tarde em Nur-Sultan e foi recebido com uma cerimônia no aeroporto internacional, na presença do Núncio Apostólico, Dom Francis Assisi Chullikat, e do Presidente da República do Cazaquistão, Kassym-Jomart K. Tokayev.

Em seguida, o Santo Padre dirigiu-se ao Palácio Presidencial para uma visita de cortesia ao presidente e um encontro com as autoridades civis e o corpo diplomático, ao qual fez o primeiro discurso oficial. “Venho como peregrino da paz, em busca do diálogo e da unidade. Nosso mundo precisa urgentemente disso, precisa encontrar harmonia”, disse o Papa Francisco aos presentes. Foi um longo discurso repleto de referências aos valores da paz, da democracia e da liberdade religiosa. O Pontífice também mencionou o papel crucial do Cazaquistão, definido como um país "encruzilhada de conexões geopolíticas relevantes" e fundamental na mitigação do conflito. Um país, destacou o Papa, que, por meio de suas duas almas - europeia e asiática - representa um elo entre o Oriente e o Ocidente.

Na manhã de hoje, 14 de setembro, o Papa Francisco falou no VII Congresso de Líderes das Religiões mundiais e tradicionais, que ocorre no Palácio da Independência de Nur-Sultan. Imãs e patriarcas, rabinos, monges budistas, mufti e diplomatas e representantes de organizações internacionais, reúnem-se, nestes dias, para dialogar e demonstrar que, juntos, é possível superar qualquer diferença.

Em seu discurso, o Papa Francisco abordou inúmeros temas, da educação à guerra, do cuidado com a criação aos muitos desafios trazidos nos últimos anos pela pandemia de Covid-19. O Pontífice advertiu que a violência nunca se justifica. Ele lembrou a importância de investir em educação, em vez de armamentos, e convidou todos a se libertarem "das concepções redutoras e ruinosas que ofendem o nome de Deus por rigidez, extremismo e fundamentalismo, e o profanam por ódio, fanatismo e terrorismo, desfigurando também a imagem do homem”.

Dirigindo-se aos presentes, chamando-os de "irmãos e irmãs" e apelando "àquela fraternidade que nos une como filhos e filhas do mesmo Céu", o Pontífice expressou o desejo de que este encontro possa abrir um caminho de paz centrado no respeito, na honestidade e diálogo. E em resposta à “sede de paz” que o mundo apresenta, reiterou que “é preciso ter religião”. Para isso, a condição essencial é a liberdade religiosa, “direito fundamental, primário e inalienável, que deve ser promovido em todos os lugares”.

Para concluir, o Papa quis agradecer ao Cazaquistão “pelo esforço de tentar sempre unir, provocar o diálogo, fazer amigos. É um exemplo que o Cazaquistão oferece a todos nós, e nós devemos segui-lo e apoiá-lo”.

InfoANS

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