Nicarágua – O primeiro Salesiano da América Central
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24 julho 2017

(ANS – Granada) – Narciso Sequeira Arellano (1851-1923), originário de Granada, Nicarágua, foi o primeiro Salesiano da América Central. Decidiu entrar na Congregação Salesiana em 1895. Tinha 44 anos, era solteiro e estava livrando-se da sua riqueza.

Jorge Eduardo Arellano

Até então passara uma existência mundana, arrogante e libertina, dedicando-se a conquistas galantes em Paris, interessado apenas no amor sensual. Depois, improvisamente, tornou-se silencioso e melancólico. Sentindo uma voz interior, começou a preocupar-se com a salvação da sua alma: parecia como que iluminado, como se tivesse recebido a luz da conversão.

Emitiu a profissão como Salesiano em Sant Vicenç dels Horts, Barcelona, Espanha, em 22 de outubro de 1896. Não optou pelo sacerdócio, um privilégio que considerava muito grande para si, desejando apenas servir. Preferiu ser Salesiano Coadjutor. P. Miguel Rua, o I Sucessor de Dom Bosco, dissera-lhe em Turim no terceiro dia da Novena que rezavam para que fosse iluminado na escolha do novo estado de vida: “Maria Auxiliadora quer que sejas Salesiano Coadjutor”.

A partir daquele momento, o Sr. Sequeira Arellano permaneceu como sempre: calmo, caridoso, cioso da sua consciência e da sua não comum piedade iluminada.

No início da sua consagração a Deus, o seu Superior o nomeou bibliotecário, mas Narciso pediu logo que lhe dessem um papel mais humilde. Deram-lhe, então, a tarefa de corretor de provas na tipografia e ali trabalhou tenazmente. Transferido à casa de Sevilha, optou por ocupar-se da portaria e foi, por muito tempo, o porteiro ideal segundo os regulamentos.

O Sr. Sequeira Arellano passou trinta anos de vida santa, servindo a todos os que o conheciam: alegre e cortês, vestido sempre humildemente, tratava a todos como seus superiores. “Era edificante vê-lo realizar qualquer serviço sem jamais ostentar a sua vastíssima cultura e o seu nobre nascimento”, disse dele o P. Giocchino Bressan em 28 de setembro de 1923, data da morte do Salesiano nicaraguense.

“Em sua última e breve enfermidade – continua a carta mortuário escrita pelo P. Bressan – mostrou-se gentil e reconhecido por tudo, e os seus lábios pronunciavam frequentemente breves jaculatórias. Já exausto e privado do uso da palavra, fez um esforço supremo para levar à boca e beijar o crucifixo. Sua vida era uma oração constante, uma homenagem aos seus concidadãos da Nicarágua”.

Fonte: El Nuevo Diario

InfoANS

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