O que o levou a ser Salesiano?
Cresci numa pequena cidade junto ao mar; quando tinha dez anos, passou por ali uma turista que pediu para fazer um giro de barco com meu pai, pescador. Desde aquele dia, aquela senhora tornou-se amiga dos meus. Depois de um ano perguntou o que eu faria quando crescesse; disse-me que conhecia uma Congregação que se interessava pelos jovens. Assim, depois de refletir com os meus, comecei a estudar no instituto salesiano. Os Salesianos eram duros, talvez tivessem esquecido um pouco o Sistema Preventivo, e disse para mim mesmo que estava um tanto “cansado” deles. Mas quando já estava pronto para iniciar a universidade, disse para mim mesmo: mas, não será que a vida salesiana é feita para mim? Porque, mesmo se estava cansado dos Salesianos, vivia realmente feliz. Os meus me disseram: “Se é a sua vida, vá”...
Como Dom Bosco poderia inspirar os jovens europeus de hoje?
Dom Bosco acreditava que os jovens e as jovens podem ser protagonistas da própria vida. E é isso que, ainda hoje, ele nos pode comunicar.
Em toda a Europa, devemos enfrentar a questão dos migrantes. Qual é o ponto de vista do Reitor-Mor?
Visitei mais de 60 países e vejo que cada nação é original e maravilhosa. Quero ser sincero: fico triste quando construímos muros. Isso me preocupa, porque acredito que os outros povos possam enriquecer-nos. Não quero dizer que deva haver um grande caos, não digo isso! Só quero dizer que uma pessoa diferente de nós não deve ser necessariamente perigosa, e ser prudentes não significa ver um inimigo em cada estrangeiro.
Qual é hoje o país mais salesiano?
Não sei dizer qual país, mas posso falar sobre o critério: sempre que a Família Salesiana está entre os jovens e busca os mais necessitados, então está na estrada de Dom Bosco. Não importa se na Itália, na Espanha ou na Nigéria: o importante é ter o mesmo espírito de Dom Bosco. Se conseguirmos fazer isso, seremos fiéis à missão salesiana.