Itália – Um oratório para o nosso tempo: receita do P. Maschio

01 março 2018
Foto: Beatrice Mancini

(ANS – Schio) – “O oratório não pode mais ser o de cinquenta anos atrás. A sociedade mudou. ‘Antigamente’ as únicas propostas – cinema, esporte, música – eram as nossas: hoje são atividades leigas. Portanto, ou projetamos uma oferta apetecível ou se fecha”. Ideias bem claras as do P. Alberto Maschio, salesiano, 58 anos, os últimos quatro dedicados a fazer reflorescer o oratório salesiano de Schio.

Por Romina Gobbo

O P. Maschio repartiu de elementos basilares: a presença constante ao lado dos jovens e algumas normas claras. Dia após dia, rapazes e pais o acompanharam.

É secretário, ‘peabexista’, guarda, Diretor da Comunidade, ecônomo, encarregado do oratório… “Mas, antes que sacerdote, è salesiano” – sublinha – . Há quatro anos, no oratório só ‘estacionavam’ jovens que não tinham nada para fazer, giróvagos. “Pedi auxílio à Polícia para verificar se não havia circulação de droga. Melhor prevenir. Depois afixei no lugar conveniente as normas. Antes de tudo, saudar e respeitar o ambiente. Quem não aceitar, acabará esbarrando comigo. Dom Bosco amava os jovens, mas era... severo. Por outro lado, se eu desejo um ambiente educativo, devo assumir o esforço por obtê-lo. Lentamente o clima foi mudando. O ‘passeadiante’ fez o resto. Agora, todos os dias há crianças, jovens e adultos”.

Para o P. Maschio, seguir os passos de Dom Bosco foi natural: “O oratório deve responder a uma necessidade de educação. Deve ter uma proposta clara, cristã. Quem optar por nós deve perceber em nossas atividades um espírito educativo, acolhedor. Isso significa uma presença constante: deverá estar aqui todas as tardes. O nosso oratório está sempre aberto. Também no Natal e na Páscoa. E eu estou aqui. Mesmo que haja apenas três meninos. Quer dizer: transcorrer todo o verão entre acampamentos-escola e grupos de verão. Não me lembro de ter tirado férias pessoais”.

À luz dos tempos, também os instrumentos devem ser renovados. “Se programo um encontro de verão, devo antes preparar os animadores. Se promovo futebol, procuro antes um bom treinador. E eu estou ali, com eles. Depois quem sabe chegarão também os papos sobre Fé”.

Mas o P. Maschio sabe que não pode fazer tudo sozinho. “Aqui entram em campo os leigos, que não podem ser deixados sozinhos: devem ser acompanhados. Eu os provoco: ‘V. inscreve seu filho no oratório e V.? Não se envolve?’. Assim nasceu o grupo ‘adultos’: umas quarenta pessoas, que colaboram nas atividades. Mas que sobretudo se reúnem para ouvir a Palavra. Ouvir e refletir!”.

InfoANS

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