RMG – “Jesus Bom Pastor faz-nos abrir o coração e nossa casa”. Entrevista com o P. Antoine Farrugia

23 janeiro 2019

(ANS - Roma) – Ns últimas semanas, os Salesianos de Malta com outras 45 ONGs, haviam pedido aos governos europeus que agissem em favor dos migrantes a bordo da nau Sea-Watch 3, então barrada entre Malta e a Sicilia, relembrando que em semelhantes situações só se pode dar uma única resposta: as pessoas são mais importantes. Mas o trabalho dos Salesianos em Malta em favor dos migrantes, e especialmente dos menores não-acompanhados, possui uma longa história, que iniciou há já 25 anos. Fala-nos disso o P. Antoine Farrugia SDB, da Visitadoria salesiana de Malta.

Como iniciou o trabalho dos Salesianos de Malta em favor de jovens refugiados?

Em 1994 chegou a Malta um jovem da África, e o acolhemos. Entretanto, como havia entrado ilegalmente no País, foi levado preso. Perguntamo-nos o que podíamos fazer para o proteger; e brotou-nos uma solução realmente criativa. Decidiu-se que o “Savio College”, prestigiosa escola maltesa, funcionasse, para esse caso, como centro de detenção, a fim de que o rapaz pudesse continuar ficando com os Salesianos. Passava assim, em outras palavras, a ser um... detento dentro do ‘Savio College’. Isso possibilitou ao jovem beneficiar-se de uma experiência de cuidado e educação dentro da comunidade salesiana. Podemos dizer que foi assim que nessa data começou o empenho dos salesianos em favor dos menores não acompanhados e pedindo asilo em Malta.

O que os inspira e motiva em seu serviço pastoral aos migrantes e refugiados?

A essa atividade em favor dos refugiados, inspira-nos Jesus Bom Pastor: é o que nos faz abrir o coração e a casa. Como Salesianos, estamos sempre prontos a acolher os jovens menos felizardos: não se olha se são ou não malteses ou se de outras plagas ali nos chegam. Quando aparecem, o que nos importa é que para eles inicie quanto antes um processo de integração na sociedade.

Quais deveriam ser os passos das instituições nacionais e europeias perante tal situação?

O relacionamento, diga-se, com as instituições nacionais e o nosso governo são boas. Sentimos que todas as instituições, nestes tempos, têm cada vez mais necessidade de colaborar com a Igreja e outras Ongues, para poder melhorar o próprio trabalho. Nós continuaremos a acolher sempre as pessoas mais vulneráveis. Atualmente, são duas dezenas esses menores não acompanhados.

InfoANS

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