Córdova e Rosário são grandes polos que beiram os dois milhões de habitantes cada qual. Detêm um belo centro histórico, de talhe colonial e, depois, um desenvolvimento contínuo em «Barrios» que se dilatam em círculos concêntricos. No Centro há os bairros elegantes, de clara feição europeia, onde as casas e as ruas são cuidadas e senhoris. Há depois os bairros populares, com edificações já pardas e irregulares, onde por vezes as bocas de lobo jazem sem tampa e o asfalto, remendado, onde a gente não é rica, mas pode viver com certa dignidade. Há, por fim, dobrada a esquina, os cenários apocalípticos de barracos e ‘casas’, erguidos com material descartado, em que inteiras famílias perrengueiam amontoadas num único quarto, num contorno de degradação e lixo: são as «villas miserias».
Em Córdova e a Rosário os salesianos têm grandes escolas e igrejas no centro das duas cidades, todas obras construídas no início do Novecentos, quando esses lugares eram... periferia. Mas os Filhos de Dom Bosco não se ficaram de braços cruzados no decorrer do tempo e foram montando novas e grandes obras nos «barrios» de periferia, com creches e jardins de infância, escolas elementares e ginasiais, Paróquia, oratório e Centros de Formação Profissional, como as obras de “Santo Antônio de Pádua”, em Córdova, e “São Domingos Sávio”, em Rosário.
E não só: em ambas as cidades, os salesianos devotaram-se aos mais pobres, iniciando, também ali, experiências de Animação juvenil, breves Cursos de formação profissional, Mesas para os pobres...
Na obra “Santo Antônio de Pádua”, em Córdova, trabalha, p. ex., Juan Pablo, jovem de 28 anos, responsável pelo Centro de Formação Profissional, frequentado por 400 Pessoas (entre jovens e adultos-desempregados), Centro que ministra cursos gratuitos. Mas ele é também o Diretor do Oratório que, durante a semana está aberto quer aos meninos do pós-escola e nos fins de semana proporciona atividades recreativas, quer a grupos de formação.
Exatamente com esses rapazes dos grupos de formação vai também ao próximo ‘barrio-villa miseria», para o meio dos ciganos e dos mais pobres, para fazer animação de rua, envolvendo os jovens e as crianças naquilo de que eles gostam: esportes, prestidigitação, números acrobáticos de circo... Todas ocasiões para um contato que leva a abrir o coração e a tomar conhecimento tanto das pobrezas pessoais quanto dos dramas familiares…
Como o Juan Pablo, são muitíssimos os salesianos na Argentina que imitam Dom Bosco no achar o jeito de dar o primeiro passo e aproximar-se dos últimos e dos mais desfavorecidos da fortuna, e no envolver os meninos e adolescentes oratorianos nessas que são verdadeiras obras de Caridade.
Para mais informações: www.missionidonbosco.org
