Vaticano – Reconhecer, Interpretar, Escolher: os passos da Igreja com os Jovens
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21 junho 2018

(ANS – Cidade do Vaticano) – “Guardar-se de culpabilizar os jovens por seu distanciamento da Igreja”; é melhor preceder rumo a uma “conversão institucional, que toque o nosso modo de «viver e trabalhar juntos»”. Eis alguns tópicos oferecidos pelo salesiano P. Rossano Sala, Secretário Especial do Sínodo “Os Jovens, a Fé e o Discernimento Vocacional”, no decorrer de uma Coletiva de Imprensa de lançamento do ‘Instrumentum Laboris’ do mesmo Sínodo – Documento guia para os trabalhos dos Padres Sinodais.

A fala do P. Sala articulou-se a partir da realidade em que hoje a Igreja pode exercitar a sua missão. Por isso, o primeiro passo proposto é o de reconhecer “os desafios antropológicos e culturais” hodiernos: o relacionamento com a corporeidade e a afetividade; os novos métodos de informar-se e de relacionar-se com a verdade; os efeitos profundos do mundo digital sobre os indivíduos; a desilusão perante as instituições tradicionais; “a cultura da indecisão”; a nostalgia espiritual…

A segunda passagem refere-se a uma nova forma de interpretar a questão vocacional, saindo da visão restrita pela qual a Pastoral Vocacional só se refere às vocações ao sagrado ministério e à vida consagrada: “A perda da cultura vocacional fez-nos precipitar numa sociedade ‘sem laços’ e ‘sem qualidade’ ” – disse o P. Sala, acrescentando que é somente na ótica de uma pesquisa vocacional em sentido amplo que os jovens podem maturar uma personalidades sólida e equilibrada.

Sucessivamente, o P. Sala apresentou a fase determinante do escolher: é nesse estádio que as instituições eclesiais devem ter a coragem de entrar plenamente em campo. Em primeiro lugar, ficando diariamente perto dos rapazes, num percurso de acompanhamento, que exprime “o primado indiscutível e inconcusso da vida cotidiana para a Pastoral dos jovens”. E, depois, indicando verdadeiramente a fraternidade e a comunidade tanto como espaços em que seja belo, para um jovem, crescer, quanto como ambientes de comunhão num mundo que decididamente impele ao isolamento.

Por fim, o P. Sala sublinhou um elemento que permeia invisivelmente todo o documento e que de resto constitui também um típico traço salesiano: a solicitude por dar mais a quem teve menos. É nesta solicitude pastoral para com os pobres e necessitados que se joga a credibilidade de uma Igreja; e é através de propostas de voluntariado e de serviço que muitos jovens chegam a interrogar-se acerca da própria vocação e sobre o seu próprio papel na comunidade dos Credentes.

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