Itália – O acolhimento de menores estrangeiros desacompanhados no "Borgo Ragazzi Don Bosco"
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23 outubro 2018

(ANS - Roma) - Durante sua participação no Sínodo dos Bispos sobre os jovens, o Reitor-Mor apontou algumas questões: disse que a Igreja não é apenas feita de paróquias, mas também de muitas estruturas que acolhem, educam e acompanham; falou também sobre a necessidade de incluir os jovens estrangeiros nas comunidades e sobre a necessidade de paternidade e maternidade de muitos jovens. Com suas atividades em favor da organização Menores Estrangeiros Desacompanhados  (MSNA em italiano), o "Borgo Ragazzi Don Bosco" representa um modelo exemplar nessas três questões.

Quando se pensa nos MSNA, logo surge a conexão com os problemas relacionados à recepção, proteção e documentos. Apesar de estes serem todos pontos essenciais, não podemos esquecer que as organizações MSNA são fundamentalmente compostas por jovens. Jovens que gostam de conhecer outros jovens, que precisam manter contato com a família de origem, ir à escola, brincar ...

Muitas vezes, de fato, os jovens permanecem estacionados em estruturas, com frequência sozinhos ou entre compatriotas. Ali eles encontram comida, abrigo e serviço social, mas pouco compromisso com uma inclusão genuína.

Quando o Papa e o Reitor-Mor lançaram um apelo para o acolhimento daqueles que pedem asilo, no "Borgo Ragazzi Don Bosco" optou-se principalmente por oferecer oportunidades de formação e por experimentar, com eles, possíveis percursos de inclusão.

Uma regra fundamental adotada foi acolher os MSNA juntamente com estudantes italianos e estrangeiros de segunda geração. Além disso, para cada jovem acolhido, procurou-se indicar uma família de referência, de maneira a favorecer a formação de outros vínculos, visando o momento em que irão morar sozinhos.

Os responsáveis pelo "Borgo" também oferecem, a estes jovens, cursos de breve duração visando o início profissional, uma vez que, ao completarem 18 anos, os MSNA caminharão sozinhos e começarão a enviar dinheiro para casa.

Estes jovens precisam de pontos de referência. Muitas vezes, mesmo depois de terem terminado seu período no "Borgo", eles retornam, sabendo que ali encontrarão alguém disposto a ouvi-los. O melhor a fazer é oferecer-lhes oportunidades reais para fazer algo, para que se sintam úteis e importantes.

A comunidade do "Borgo" acredita no acolhimento realizado em pequenos centros e não em grandes centros, que reproduzem guetos e campos de refugiados, como aqueles de onde partiram.
Eis o que é preciso fazer: repensar as atividades educacionais comuns (oratórios, escolas, esportes, formação profissional), abrindo-os para estudantes estrangeiros vindos de todos os contextos e de cada território, adaptando-as de forma flexível às capacidades deles, em vez de simplesmente criar estruturas dedicadas exclusivamente para os MSNA.

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