RMG - 25 de agosto: Cinquenta anos da morte da Beata Maria Troncatti
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23 agosto 2019

(ANS - Roma) – No dia 25 de agosto de 1969, em Sucúa (Equador), o avião que levava a irmã Maria Troncatti caiu logo após a decolagem, nas margens da floresta que, por quase meio século, havia sido seu "lar do coração", o cenário de sua incansável doação entre os "Shuar". Irmã Maria viveu sua última decolagem: aquela que a leva para o céu! Ela estava com 86 anos, cada um deles vivido para doar amor. Uma vez, escreveu: "A cada dia sinto-me mais feliz por vocação religiosa missionária!"

Nascida em Còrteno Golgi, no dia 16 de fevereiro de 1883, irmã Maria Troncatti conheceu as histórias dos missionários pelo do Boletim Salesiano e logo considerou a vocação religiosa. Ela emitiu sua primeira profissão em 1908, em Nizza Monferrato. Durante a Primeira Guerra Mundial, frequentou cursos de enfermagem em Varazze, para atuar como enfermeira. Após uma violenta inundação, Maria prometeu à Virgem que, se sua vida fosse salva, partiria para as missões. Quando a graça foi obtida, Irmã Maria pediu à Mãe Geral que a mandasse para cuidar dos leprosos.

Em 1922, Madre Caterina Daghero a envia para as missões no Equador. Em Mendez, irmã Maria logo conquista a admiração da tribo Shuar, usando um canivete para extrair uma bala de uma ferida. A paciente era a filha de um chefe da tribo. As freiras estabelecem-se definitivamente em Macas, uma aldeia de colonos cercada por habitações coletivas dos Shuar.

Naquele território equatoriano, irmã Maria viveu durante 44 anos, sendo chamada de Madrecita por todos. Acima de tudo ela foi catequista e evangelista, rica em maravilhosos recursos de fé, paciência e amor fraterno. Seu trabalho para a promoção da mulher Shuar floresceu em centenas de novas famílias cristãs, que pela primeira vez ajudou a formar por livre escolha pessoal dos jovens cônjuges.

Partindo de um ambulatório simples e pobre ela fundou um hospital, ensinando pessoalmente as enfermeiras. Pode-se dizer que ela foi um "médico" para o corpo e o espírito: enquanto tratava ou distribuía medicamentos, ela também aconselhava e evangelizava. Com paciência materna escutava, fomenta a comunhão entre o povo e educava os indígenas e os colonos para o perdão, oferecendo para isso sua própria vida. "Olhar para o Crucifixo me dá vida e coragem para trabalhar", costumava dizer. No dia 24 de novembro de 2012, ela foi beatificada em Macas, no Equador.

Neste ano em que a Igreja celebrará, em outubro de 2019, um Sínodo dos Bispos para a Região Panamazônica, intitulado "Amazônia, novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral", o bendito testemunho de Maria Troncatti resplende, por ser o instrumento da misericórdia de Deus para com todos os necessitados no corpo e no espírito; instrumento de paz e reconciliação.

InfoANS

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