"A vida: frágil, preciosa, imprevisível"
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15 janeiro 2018
Holly Butcher Foto: Facebook

Estamos nas primeiras semanas de um novo ano. Isso significa uma página branca em que também escrever uma nova etapa de nossa vida. Com o novo ano se fazem propósitos; olha-se o calendário: pensa-se nos compromissos por realizar e nos dias de férias por tirar... Quem se quedaria um momento a pensar na possibilidade de não chegar até o fim do ano...?

"É uma coisa estranha dar-se conta – e aceitar – que é preciso morrer aos 26 anos" – escrevia Holly Butcher, jovem australiana de 27 anos, morta de câncer faz alguns dias, numa mensagem dirigida a todos aqueles que felizmente podem continuar a viver. Desde quando Holly veio a saber da gravidade da sua doença e do breve tempo de que ainda dispunha para viver, começou a valorizar mais os pequenos detalhes da vida, deixando de preocupar-se tanto de aspectos e tensões insignificantes da vida. Pôs de lado coisas ridículas, como “ter dormido mal porque as suas belíssimas crianças a conservaram desperta” ou “ter celulite”…

"Use seu dinheiro em experiências saudáveis", "escute música, mas escute-a realmente", "abrace o seu cão", "fale com seus amigos", "coma o seu bolo, sem complexos de culpa", "diga não às coisas que realmente não deseja fazer”: são alguns dos conselhos dessa jovem australiana.

A quantos são ‘dependentes’ das redes sociais, relembra que a vida é feita para ser vivida e não só ser partilhada numa... minitelinha: “Tudo é TÃO insignificante quando se olha para a vida como um todo, em seu conjunto. Estou vendo o meu corpo a se esvair, bem perante os meus olhos e sem que possa fazer nada a esse respeito. E tudo quanto por ora desejo é poder ter mais um aniversário ou Natal com a minha família; ou só mais um dia com o meu namorado e meu cão. Só mais um”.

“Dar, dar, dar. É verdade que só se é feliz em fazer as coisas para os outros e não para si mesmos. Gostaria de tê-lo feito muito mais. É estranho poder dispor de dinheiro somente no fim..., quando se está a morrer; mas se puder fazer isso – partilhar com os que lhe estão perto – compre logo uma plantinha, uma vela, um pequeno mimo; e diga-lhes que os ama.

Use seu dinheiro em boas experiências... Ou pelo menos não perca experiências porque V. gastou todo o seu dinheiro em coisas supérfluas.

Procure dar aquele passeio, de um dia inteiro, até o mar, passeio que V. está adiando. Entre n’água. Escave a areia com os dedos dos pés... Molhe o rosto com água salgada...

Toda a vez que aparecer a oportunidade, diga aos seus caros que V. os ama e ame-os com tudo o que tiver.

Além disso, lembre-se de que se algo o/a faz sentir-se mal, tem a possibilidade de mudar: no trabalho ou no amor; ou em qualquer outra coisa. Tenha força de vontade suficiente para mudar. Não sabe de quanto tempo poderá dispor ainda neste mundo. Portanto não o desperdice vivendo apenas a arrastar a existência. Sei que são coisas já ditas e reditas... Mas não poderiam ser mais verdadeiras”.

Holly conclui aqui a sua reflexão. Mas todos nós somos convidados a cultivar um sentido superlativo de gratidão a Deus pelo excelso dom da vida... Desta vida, entretanto, tão frágil, preciosa, imprevisível.

Fonte: https://www.facebook.com/hollybutcher90/posts/10213711745460694 

InfoANS

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