Argentina – Ariel Fresia SDB: "Mesmo que pareça inquietante, o futuro será mais interessante"

21 maio 2020

(ANS - Buenos Aires) - Ariel Fresia é um Salesiano Coadjutor, Diretor da Procuradoria Missionária "Por los Jóvenes-Don Bosco". No contexto desta emergência do COVID-19, as Procuradorias Missionárias, incentivadas pela iniciativa do Reitor-Mor, estão realizando uma resposta coordenada em todo o mundo. Convidamos Ariel para falar sobre a pandemia, sobre o que ela está causando em seu país e sobre as ações que os salesianos estão realizando no contexto desta campanha.

Qual é a situação na Argentina diante da crise causada pelo Covid 19?

Na Argentina, além de prevenir o contágio, proteger a população e, portanto, reduzir consideravelmente a quantidade de mortes, as medidas de isolamento social também geraram enormes problemas econômicos e sociais. Seu impacto nos setores populares, trabalhadores, famílias de baixa renda nos bairros marginais das grandes cidades, entre outros, é grande.

Quais as ações da Procuradoria Missionária em nível nacional?

A Procuradoria Missionária atua com benfeitores individuais e em aliança com empresas, que apesar da crise mantiveram seu nível de generosidade. Lançamos uma campanha nacional para divulgar o que fazemos em colaboração com o Boletim Salesiano. Com esta campanha enfrentaremos a crise e coordenaremos a comunicação nacional e as doações para os mais necessitados. Também criamos um "mapa da solidariedade" no site porlosjovenes.org, onde é possível conhecer nossas ações no país.

O que os salesianos fazem?

Providenciamos o envio de alimentos e itens de higiene. As comunidades salesianas estão muito empenhadas com as autoridades e a população.

Além de afetar a ação salesiana a curto prazo, acredita que a missão salesiana mudará definitivamente após a pandemia?

Tenho a impressão que sim, e muito... As atividades tradicionais foram afetadas. E certamente não podemos continuar a fazer muitas das coisas que fazíamos antes. As coisas vão mudar, talvez para sempre. No entanto, há comunidades, salesianos e animadores leigos das comunidades que não só se concentram neste presente difícil e doloroso mas também olham para um futuro inquietante e ainda por ser escrito. Embora possa parecer perturbador, o futuro será mais interessante do que o que o passado.

O senhor acha que fomos rapidamente imersos em uma nova realidade, até agora pouco compreendida?

Tudo correu muito rapidamente. Não tivemos tempo para prever nada. Estávamos acostumados a planejar espaços pastorais e tempos institucionais definitivos; projetávamos estratégias no contexto de um sistema obsoleto. Até as estruturas que pareciam imunes a mudanças foram totalmente afetadas e estão sofrendo com isso. Porque o que estamos vivendo e o que viveremos será diferente do que conhecíamos e vivíamos. A pandemia e a quarentena destacaram a defasagem em que se encontravam muitas das nossas presenças.

InfoANS

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