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Uruguai – É possível fazer missão em tempos de confinamento?

16 junho 2020

(ANS - Montevidéu) - Juan Martín Ferreira, jovem de 21 anos, está fazendo o segundo ano do Curso de Comunicação Social, anima o Oratório Sambartolo e os grupos associativos do Instituto Pio IX, e é membro do Movimento Juvenil Salesiano (MJS), de Villa Colón, que o levou a trabalhar na organização de uma missão pascal. Hoje ele nos fala dos desafios que precisou aceitar nestes tempos de pandemia e da repercussão desta sua particular missão.

Como surgiu a iniciativa de realizar uma missão durante a Semana Santa?

A missão foi organizada pelo MJS, de Villa Colón, que anima todo o movimento da Obra, sejam eles oratórios, grupos associativos, catequese ou grupos de animadores. Somos nove pessoas. Durante os últimos três anos, vínhamos realizando missões durante a Semana Santa, mas este ano foi diferente.

Como foi organizada a missão online?

Quando soubemos dos primeiros casos de coronavírus no Uruguai e que a Conferência Episcopal do Uruguai havia optado por não celebrar missas com a presença dos fiéis, percebemos que estávamos enfrentando um cenário novo em todos os sentidos. Tivemos, então, que pensar em como realizar e transmitir as diferentes celebrações que ocorrem durante a Semana Santa. Para a missão, em particular, selecionamos quatro momentos: a oração da manhã; um momento de reflexão às 14h30; às 17h30 um momento para refletir sobre as ressonâncias do dia nas 15 comunidades preestabelecidas e, por fim, à noite, a Celebração Eucarística transmitida do Santuário.

No começo, pensávamos numa missão apenas para o povo de Villa Colón, mas, à medida que o evento era divulgado, pessoas de outras obras começaram a nos escrever, pedindo para participar. Isto foi muito positivo: tivemos a participação de quase 100 pessoas, de diferentes comunidades do país.

Como você conseguiu realizar o apostolado nas circunstâncias que estamos vivendo?

Quando se fala de apostolado, geralmente se pensa de sair, percorrer quilômetros, viver experiências com pessoas que antes não conhecíamos... Mas a realidade que nos foi apresentada exigia uma boa dose de criatividade para cumprir a missão de maneira eficaz. As propostas para o apostolado foram realizadas de acordo com as possibilidades que tínhamos: e eram concretas, precisas. Algumas exigiam a realização de atividades desde nossas casas; outras, orações pelos profissionais da saúde, especialmente dos hospitais espanhóis. Cada um de nós recebeu um nome: vivemos o apostolado orando por aquela pessoa.

Que resposta você recebeu dos participantes?

Em geral, a ressonância foi positiva. Os participantes consideraram útil. Eu e minha comunidade concordamos em que esta modalidade nos ajudou a aprofundar e ter mais consciência do que Jesus viveu. É verdade que não estivemos juntos fisicamente, mas adquirimos profundidade e espessura na experiência que vivemos.

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