Israel – P. Giovanni Caputa apresenta Simão Srúgi

09 abril 2021
Simone Srugi, segundo a partir da esquerda

(ANS - Beitgemal) - O salesiano P. Giovanni Caputa, ex-docente de Teologia em Cremisã e Jerusalém (1980-2017), colabora desde 2014 na Causa de beatificação do Ven. Simão Srugi, Salesiano Irmão e figura central para os salesianos do Oriente Médio. O P. Caputa lançou recentemente um novo livro sobre Simão Srugi (Simão Srugi na história de Betgamāl) e hoje nos fala sobre a história do Venerável e o valor de sua publicação.

Este não é seu primeiro livro sobre Srugi. Que traz ele de novo?

Em 2018 publiquei Vida e obra de Simão Srugi, que contém a parte documental. Neste último, contextualizo historicamente estes fatos, ou seja, os cem anos entre a reconstituição do Patriarcado Latino de Jerusalém (1847) e a divisão da Palestina (1947). Ela fazia parte de uma região que durante aquele século mudou completamente sua face, seja do ponto de vista político como socioeconômico, cultural e religioso... Os mapas e a "galeria de fotos" que compõem o volume, ilustram a ideia.

Nesse contexto, a vida e a ação de Srugi ganham destaque; depois da infância em Nazaré e dos anos de aprendizado em Belém (onde foi enfermeiro, alfaiate e padeiro), ele fez a Profissão religiosa como Salesiano Irmão (1896) e cumpriu a missão por 50 anos em Betgamāl. Naquela localidade, afastada e endêmica pela malária, os salesianos acolheram órfãos palestinos, armênios, libaneses, refugiados sírios e poloneses. Eles dirigiam uma escola agrícola com moinho, triturador, adega e dispensário médico-farmacêutico. Simão foi professor e catequista das crianças pequenas, mestre de cerimônias do santuário de São Estevão e, sobretudo, enfermeiro: todos os dias, dezenas de doentes, provenientes de cerca de cinquenta aldeias, recorriam a ele. Estima-se que tratou dezenas de milhares de doentes pobres.

O que Srugi deixou escrito?

Ele não era escritor, mas um homem prático, simples, que gostava de ler os livros de Dom Bosco e os manuais de piedade, de onde transcrevia pequenas frases em pequenas tiras de papel, que costumava distribuir aos Coirmãos e aos Jovens. Alguma coisa parecida com os ‘tweets’ de hoje.

Seguem algumas delas:

- Mais valem um “obrigado a Deus”, um “Deus seja bendito” na adversidade, do que mil agradecimentos na prosperidade.

- Deus faz as coisas devagar, mas as faz bem.

- Carreguem a cruz de cada dia com a graça de cada dia.

- A cruz, se é amada, é apenas meia cruz, porque o amor de Jesus suaviza tudo e não se sofre muito, exceto quando se ama pouco.

- Vale mais a pena levantar uma palha por obediência do que jejuar uma Quaresma por escolha própria.

- Você não precisa procurar os inimigos na praça, pois o mais amargo deles está escondido dentro de si: é você mesmo. Por isso, proteja sua alma de si mesmo.

- A felicidade de agradar a Deus fazendo bem todas as coisas é uma sabedoria do paraíso.

Em breve, a versão italiana do livro Simão Srugi na história de Betgamāl será incluída na Biblioteca Digital Salesiana (Salesian Digital Library - SDL).

InfoANS

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