RMG – Depois da 152ª Expedição Missionária Salesiana: o P. José Armando G. Cortez

25 novembro 2021

(ANS - Roma) - É possível que a chama da vocação missionária se acenda durante uma Missa, assistindo à ordenação episcopal de um coirmão e ouvindo cantos cujo sentido nem sequer compreendemos? Parece que sim: a confirmação vem do P. José Armando G. Cortez, salesiano filipino, 50 anos, que há quatro anos comoveu-se enquanto participava, como representante de sua Inspetoria (Filipinas Norte), da ordenação do Salesiano P. Pedro Baquero como Bispo de Kerema, Papua-Nova Guiné. Depois de um sério discernimento, ele ofereceu sua disponibilidade às missões e, no domingo passado, 21 de novembro, em Valdocco, recebeu o mandato missionário do Reitor-Mor, P. Ángel Fernández Artime.

Seu destino foi escolhido por você ou lhe foi atribuído? Você está feliz com isso?

Depositei toda a minha confiança em nossos Superiores e seu discernimento sobre o lugar para onde deveria ir. Depois de algumas semanas de espera, soube que estava destinado à Patagônia, Argentina. O que eu sei é que Deus está me pedindo para dar a Ele um pouco mais da minha vida. O mais eu o confio à sua Graça.

Como as pessoas próximas a você reagiram à sua escolha missionária?

Meus coirmãos sabiam que eu promovo a vocação missionária, uma vez que sou Delegado para a Animação Missionária da FIN; mas acredito que ficaram um pouco surpresos com a minha candidatura. Quanto à minha família, ficaram um pouco chocados, principalmente quando expliquei que é um compromisso por toda a vida. Mas, pelo geral, ficaram felizes e oram pela minha vocação missionária.

Alimenta alguma dúvida ou temores acerca da nova cultura, da nova realidade...?

A minha única preocupação, como escrevi na carta ao Reitor-Mor, é a língua. Mas também escrevi que sei que ele conduzirá a mim e a meus companheiros a um lugar seguro e que desejo aumentar meu seguimento a Deus.

Que planos ou sonhos você alimenta para a sua missão?

Estou aberto ao que a Providência fizer. Vou dar tudo de mim, por mais difícil que seja. Será um pequeno preço pelas inúmeras graças que recebi ao longo da vida.

Você tem algum modelo de missionário a quem gostaria de imitar?

Sou grato a todos os missionários salesianos que trabalharam e morreram em nossa Inspetoria. Conheci alguns deles durante a minha formação. Penso, por exemplo, no P. Maurilio Candusso que, embora nunca tenha aprendido bem a língua, foi muito amado por nós oratorianos, porque percebíamos o seu grande amor e sua genuína preocupação por nós. Que eu seja como todos esses bons modelos, que deram tudo até ao fim - inclusive seus corpos, que jazem na terra de seu amado país de missão.

A vida missionária é, antes de tudo, evangelização e zelo pastoral pelas almas. O que você pensa acerca disso?

As experiências que tive nas diversas casas às quais fui designado me ajudarão muito, mas também estou me preparando para o que vier. Trabalharei na inculturação e em ser um com o povo. Acho que o que mais importa é - essencialmente - ser uma presença discreta, mas autêntica. E, claro, também crescer na vida espiritual.

Quer enviar alguma mensagem aos seus coirmãos ou aos jovens?

Aos meus irmãos digo que, se, segundo Dom Bosco e as nossas Constituições, somos uma "congregação missionária", o convite de Deus não nos deve parecer estranho a nós. Já a minha mensagem aos jovens é que não tenham medo de se entregar ao serviço dos outros. Em qualquer pequeno ato de doação eles poderão ver e sentir a mão de Deus que os vai guiando e conduzindo...

InfoANS

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