RMG – Conheça os novos missionários: Musa - da Zâmbia para a Romênia e Moldávia

(ANS – Roma) – O segundo missionário originário da Zâmbia, da 156ª Expedição Missionária Salesiana, é Musa, que se prepara para partir para a Romênia e a Moldávia, dois países que fazem parte da Inspetoria da Itália Nordeste (INE).

Musa, quer se apresentar?

Meu nome é Musa Ng’andwe e venho da Inspetoria da Zâmbia (ZMB). Vou para a Romênia, na Inspetoria INE, como missionário ‘ad Gentes’. Estou ainda em formação inicial. Apenas conclui o Pós-Noviciado (o tempo da Filosofia).

O que o levou a ser missionário?

Inspiraram-me os Padres que administravam minha Paróquia natal, os chamados «Padres Brancos», também conhecidos como ‘Missionários da África’. (Hoje minha paróquia passou para a Diocese.) Eu os observava e me perguntava como era possível que tivessem deixado seus países, suas famílias e seus amigos e decidido vir trabalhar numa nação estrangeira: alguns vinham da Nigéria, da Polônia, das Filipinas, do Iraque e de outros países. Essas pessoas me inspiraram muito, e seu trabalho era bem visível. Em 2008, já era coroinha e isso marcou o início do meu desejo de me tornar missionário. Algumas pessoas se perguntam por que não me juntei aos «padres brancos». Acho que Deus tem um plano para cada um de nós, porque em determinado momento sonhei em me tornar franciscano: frequentei a Escola secundária administrada pelos Franciscanos Conventuais. Eu os admirava porque sabia que eram missionários... Mas no final tive que me decidir.

Como você se sente em relação ao lugar para onde está indo? Tem receios ou inquietações pelo novo lugar, cultura, pessoas?

Estou contente por ir trabalhar na Romênia. Tudo o que eu queria era partir - para qualquer lugar - para viver a vida missionária. Estou à disposição das necessidades da Congregação e da Igreja, sobretudo para oferecer e favorecer uma presença sacramental aos jovens.

Literalmente, não tenho medo de nada, exceto da língua: pois soube que na Romênia poucas pessoas falam inglês e a grande parte dos jovens não conhece o idioma. Mas espero superar também isso. Posso precisar lidar com outros obstáculos, mas a vida missionária é assim: nem tudo sai como planejado, sendo fundamental saber como gerenciar as circunstâncias. Encontro ânimo nas Escrituras, que afirmam: “Deus é fiel e não permitirá que você seja tentado além de suas forças” (1Cor 10,13).

Qual a reação dos familiares, amigos e seus coirmãos quando lhes falou de sua vocação missionária?

Ao contar à minha família que desejava ir para uma missão, eles acolheram a ideia e me apoiaram, dizendo que eu deveria escolher o que me fazia feliz. Minha mãe disse que, se fosse a vontade de Deus, eu deveria responder. Anseio por ser missionário: e isso me faz pensar que esta seja a Vontade de Deus.

Em relação aos meus amigos, alguns me desmotivaram ou levantaram questões bastante perturbadoras: “Você será capaz de lidar com a missão?”. “E se o enviarem para a Ucrânia, que está em guerra; ou para o Oriente Médio, onde existe um conflito interminável?”. E, mais: “Se você estiver no Sudão do Sul, onde há guerras e conflitos? O que acontece se você falhar?”. Apesar de tudo, estou aqui. 

Quais são seus planos e sonhos para sua vida missionária?

Meus planos e sonhos sobre a vida missionária são ir para o meu destino e responder às necessidades daquela realidade, disponibilizando-me para atender às solicitações e fazendo o que estiver ao meu alcance. Acima de tudo, quero compartilhar o amor de Deus com as pessoas que me serão confiadas.          

Entre os grandes missionários, há algum modelo cujo estilo de vida e devoção você gostaria de imitar?

Sim, o P. George Chalissery SDB e o P. Leszek Aksamit SDB, só para citar dois. Estive com o P. Chalissery por três anos. Seu estilo de vida me inspira muito. É um homem de oração, muito humilde, sabe ouvir e responder positivamente às necessidades. Aos 70 anos, ele ama esportes, respeita e observa a vida comunitária e diz o que pensa. Estas são só algumas das suas qualidades. Da mesma forma, também vivi em comunidade com o P. Leszek, missionário que admiro muito pela sua fidelidade à vida salesiana: está sempre presente na comunidade, mas também é muito conhecido; tem uma maneira única de animar os jovens. E as suas obras são conhecidas em toda a Inspetoria.

Como você se sente em relação à experiência que está tendo agora ao frequentar o Curso Missionário e participar desta 156ª Expedição Missionária Salesiana?

Sinto-me muito feliz e privilegiado por fazer parte desta expedição: para mim é um como sonho que se torna realidade. E, naturalmente, agora é o momento de refletir e preparar-me da melhor forma para esta missão. Sou muito grato ao meu Inspetor, P. Micheal Mbandama, e ao P. Jorge Mario Crisafulli e à sua Equipe, por verem o que eu sou; agora é meu dever realizar o meu sonho.   

Qual a sua mensagem aos jovens sobre a opção missionária e a vocação?

É Deus quem nos convoca de diversas formas, e por isso devemos atender ao Seu chamado, pois estamos aqui na Terra para servi-Lo, cuidando das pessoas que necessitam de nossa atenção. Aos jovens que ainda estão em fase de discernimento, especialmente àqueles que se encontram em um impasse e não sabem qual caminho escolher, eu aconselharia a priorizar a oração em suas vidas. É na oração e na meditação que Deus se comunica conosco e nos orienta. E posso garantir que, se sonham em se tornar missionários, jamais se arrependerão de terem se juntado aos Salesianos de Dom Bosco!

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