Vaticano - O Reitor Mor, padre Ángel Fernández Artime: "Devemos dar prioridade aos jovens, para que ninguém se sinta distante"

20 outubro 2018

(ANS - Cidade do Vaticano) - O Sínodo representa uma oportunidade para falar sobre os jovens e com os jovens, mas a Igreja também tem muito a aprender com eles. É necessário, portanto, empreender esta jornada juntos. O Reitor-Mor, padre Ángel Fernández Artime, está ciente disso.

Padre Ángel, antes de entrar no mérito do Sínodo, gostaria de perguntar: como é ser o X Sucessor de Dom Bosco?
Sentimos a responsabilidade de precisar fazer tudo o que é necessário para sermos o mais fiel possível ao que Dom Bosco almejava. É preciso acompanhar a Congregação como hoje se espera que seja feito. Às vezes nos sentimos pequenos, em comparação com a grande figura de Dom Bosco. Porém serenos, porque nunca estamos sozinhos. Sentimos a força do Senhor que nos acompanha, assim como pessoas maravilhosas que estão sempre ao nosso lado. Estou no quinto ano do meu serviço, visitei 102 nações dos cinco continentes e posso dizer que não me sinto nem um pouco cansado!

Uma atitude típica de Dom Bosco era a criatividade constante que ele usava para aproximar-se dos jovens. Isso nos leva a um ponto muito atual, que é o ambiente digital. Como este universo é abordado no Sínodo?
O que emergiu várias vezes é que nós somos imigrantes no mundo digital, enquanto os jovens nascem e lidam com ele de uma maneira que muitas vezes nos deixa perplexos. Isso significa que eles, os jovens, são os que melhor se comunicam neste ambiente. Não cabe a nós ensiná-los a se comunicar. O que podemos fazer é caminhar ao lado deles. “De qualquer forma, não podemos sair do mundo digital: é como se, há trinta anos, alguém dissesse: “eu não preciso de uma máquina de escrever".

E quanto à ideia de escrever, além do documento final no final do Sínodo, também uma carta aos jovens? O que o senhor gostaria que fosse escrito nesta carta?
Como salesiano de Dom Bosco, eu gostaria de dizer aos jovens que a Igreja está de portas abertas para eles, que qualquer que seja história pessoal de cada um, estaremos lá para eles. Eu gostaria de dizer que, se eles nos permitirem, queremos acompanhá-los na jornada da vida. Gostaria também de dizer, e isso é muito salesiano, que acreditamos neles. Eles podem ser testemunhas no mundo. Os jovens escutariam com maior espontaneidade seus pares, e não o Reitor-Mor dos Salesianos. Então eu diria: vão, digam a seus amigos que há muitas razões para viver a vida apaixonadamente!

A maioria dos Padres sinodais são bispos e, portanto, têm idade e autoridade que nem sempre os aproxima dos jovens. Nesse caso, o que pode ser feito para alcançar estes jovens?

Aprendi com a vida que o coração de cada jovem possui uma chave, mas que só abre de dentro para fora. Ninguém pode entrar se não houver, primeiro, permissão. O que podemos fazer, então? Quando cada um retornar à sua diocese, deveremos priorizar os jovens, para que ninguém se sinta distante. Estes são os efeitos diretos de um Sínodo.

Clique aqui para assistir a entrevista completa em espanhol, em EWTN

InfoANS

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