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Áustria – "Deus quer estar a seu lado": testemunho do P. Tom Uzhunnalil para o "Mês Missionário Extraordinário"

17 outubro 2019

(ANS – Viena) – O P. Tom Uzhunnalil, salesiano missionário, indiano raptado no Iêmen, em março de 2016 e libertado após 18 meses, visitou a Áustria nas últimas semanas para dar o seu testemunho nas várias Casas salesianas em todo o país.

O que é 'missão' para o senhor do ponto de vista cristão?

É a ideia de ir a um outro país, a uma outra região, e ali pregar Jesus Cristo e difundir a mensagem do amor de Deus para com todas as pessoas. Se alguém depois quiser receber o Batismo, deve fazê-lo com total liberdade e consciência, não motivado por interesses materiais ou sociais.

O que o levou, motivou, a ir para as Missões?

Em meu 10º ano de escola, alguns padres salesianos vieram falar-nos disso na minha sala de aula. Eu e mais outro aluno nos interessamos por isso, por esse seu trabalho... E assim entrei em contato com a Congregação (Salesiana), até tornar-me também eu ‘salesiano’. Trabalhei durante muitos anos como professor. Em seguida, pedi ao meu Inspetor, ou Superior, para ir realmente às Missões. Fui autorizado e foi assim que cheguei até ao Iêmen, porque as Irmãs de Madre Teresa haviam pedido a assistência espiritual dos Salesianos. No Iêmen éramos quatro Coirmãos, cada qual numa Paróquia. Dávamos assistência sobretudo aos cristãos de outros Países que trabalhavam no Iêmen.

Como viam os iemenitas seu trabalho como sacerdote católico e missionário?

Na Casa de Repouso, de Áden, os residentes sabiam que eu era sacerdote. Eu estava claramente presente como Diretor espiritual das Irmãs da Madre Teresa. Uma vez até recebi um Alcorão e li sua tradução em inglês. Humanamente, não tive problemas com o povo do Iêmen. Também porque não mantinha tantos contatos com a população muçulmana.

Que missão julga ser hoje a sua? E o que recomenda aos salesianos missionários?

Tenho a obrigação hoje de agradecer às pessoas de todo o mundo, inclusive a muitos muçulmanos e hindus que rezaram por mim durante a prisão. Não guardo rancor a meus raptores e já lhes perdoei. A oração é a arma mais forte e o perdão o melhor remédio. Deus existe: escuta as nossas orações e sempre responde. Deus quer estar a ‘seu’ lado, também no meio das dificuldades graves.

Mais: Deus chama cada qual a uma tarefa própria; não há que temer as dificuldades. Esta é a minha mensagem. Dom Bosco, além disso, dizia que não podia prometer-nos uma boa vida, confortável... Mas garantia, isto sim, que sempre teríamos: pão (às vezes pouco), trabalho (a mais não poder) e Paraíso!

Fonte: www.donbosco.at 

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