RMG – O P. Martoglio: o salesiano para os jovens de hoje "mantém uma relação vertical com Deus"

13 março 2020

(ANS – Roma) – Trabalho para os jovens e com os jovens, concretude salesiana, coração oratoriano que palpita em Valdocco, coração salesiano para os jovens de hoje...: de tudo isso fala o novo Vigário do Reitor-Mor, P. Stefano (Estêvão) Martoglio.

Como responder à pergunta feita pelo Capítulo: "Que Salesianos para os jovens de hoje?" ?

Se "desempacotarmos" o tema gerador do Capítulo «Que Salesianos para os jovens de hoje?», teremos três fontes generosas de intervenção: a missão, que exprime a presença de Deus no meio dos jovens de hoje, e a formação do salesiano que não pode ser uma só pessoa, um... solitário. E há uma dimensão comunitária que integra diversos estados de vida: o salesiano consagrado sempre trabalha com os leigos – terceiro elemento da reflexão do Capítulo. Nós, Salesianos, não podemos fazer tudo, não devemos fazer tudo: há a corresponsabilidade leiga. Trata-se de pôr em prática o Concílio Vaticano II e, mesmo que se tenham passado 50 anos, torná-lo vital.

O Papa Francisco convida os Salesianos a serem homens de Deus, mas pessoas concretas. O que significa ser concreto em suas obras numa Síria destroçada pela guerra?

Nos contextos mais terríveis, o primeiro elemento de concretude é o testemunho. Ser concreto num país em guerra como a Síria é ficar ali:   enquanto todos partem, para o povo os salesianos que ficam são um sinal de esperança.

Em Damasco, por exemplo, estamos tentando criar um Centro de Formação Profissional: é um modo simples, concreto, como diz o Papa Francisco, de dar esperança; e, como nos aponta Dom Bosco, um modo de "ensinar futuro". Eis aí o humanismo cristão. E a formação profissional é um instrumento, um instrumento válido tanto em Damasco quanto em Turim.

P. Stefano, o que se leva consigo de Valdocco quando se parte para longe de Turim?

Valdocco, V. o leva sempre consigo em seu coração. Aqui até as pedras falam da fé dos que aqui as puseram. Vivendo por anos nestes pátios, ouvi tantas vezes a Irmãos nos alertarem sobre a centralidade das relações e para que não nos sentíssemos "donos da messe"; antes, nos víssemos como "servos inúteis". O Beato Felipe Rinaldi, III Sucessor de Dom Bosco, tinha um ‘santo’ costume: depois da oração de Completas, a última do dia, escrevia, como se fora uma criança, uns como bilhetes com nomes, situações, problemas, que colocava debaixo de uma estatueta de Nossa Senhora que tinha sobre sua mesinha de cabeceira: um gesto simples, mas de grande espiritualidade que nos diz: "Senhor, até aqui eu consigo chegar... Virgem Santa, sozinho jamais conseguirei superar todos estes problemas: aqui estão eles porque, sozinho, não serei capaz de fazê-lo. E, depois, porque sois Vós a iluminar a minha vida e o meu coração". Amanhã cedo retirarei os bilhetes, mas esta noite ficai com eles: eu vos confio estas pessoas e Vós ajudai-me a dar alguma resposta".

Eis aí o salesiano para os jovens de hoje: um homem que mantém uma relação vertical com Deus. E assim se salva porque tudo passa por ali.

Por Marina Lomunno

InfoANS

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