Índia – O empenho KISMAT para garantir iguais oportunidades às famílias migrantes

04 novembro 2020

(ANS - Perumbavoor) - Se não houver acesso à igualdade de oportunidades, não há uma verdadeira igualdade de direitos entre as Pessoas. Por esta razão é importante o trabalho concreto como o da Ong "BREADS", da Inspetoria Salesiana de Bangalore, Índia, que através do seu projeto "Don Bosco KISMAT", trabalha pelo bem-estar, proteção e desenvolvimento social dos migrantes, presentes no Kerala. A história de Payal Kumari é um exemplo disso.

Payal Kumari é uma aluna do Instituto feminino "Mar Thoma", de Perumbavoor, no Estado do Kerala, onde vive há anos com a família. Sempre se distinguiu nos estudos e é apreciada por seus professores, que a têm apoiado e orientado.

Seu pai, Pramod. é um diarista originário do Estado de Bihar. Mudou-se para Kerala para trabalhar. Quando criança, teve de deixar a escola mais cedo e é por isso que hoje luta para assegurar que seus filhos recebam uma instrução/educação adequada.

Com o advento da pandemia e o consequente ‘bloqueio’, os problemas para a Payal aumentaram. Após lidar com a desconfiança da população local, chegou também a ansiedade, o medo, a decepção, por não poder ter acesso à instrução devido à falta de documentos, de instrumentos básicos e de dispositivos adequados ao ensino à distância.

Foi nesse momento que interveio o projeto "KISMAT", que nas suas atividades identificou 314 crianças e jovens migrantes que estudavam em escolas estatais e que não tinham qualquer possibilidade de frequentar as aulas online. Segundo as suas necessidades, foram-lhes fornecidos ‘smart’ televisores, smartphones, livros de texto, cadernos, bolsas com kits de alimentação...

A Payal era uma dentre aqueles 314 rapazes e moças identificados pela assistência: graças ao apoio recebido, obteve um Bacharelado em Arqueologia e História, na "Universidade Mahatma Gandhi", Kerala, em 2020, sendo considerada uma das melhores alunas do seu Curso de licenciatura.

Payal reconhece com orgulho: "O resultado que alcancei pertence a meu pai, que trabalhou mui arduamente para poder pagar as contas. Foram muitas as dificuldades que teve de enfrentar na vida, mas nunca desejou comprometer a educação dos seus filhos.

Apesar de todas as dificuldades que teve de enfrentar só porque era filha de um migrante, Payal Kumari nunca desanimou. E agora ela gostaria de fazer um Mestrado em História e Arqueologia, e também preparar-se para os exames de Serviço Civil.

«Don Bosco KISMAT» só pôde sentir-se feliz por ter podido apoiar a Payal em seus estudos. E apresentou a jovem como um exemplo de vida e fonte de inspiração para muitas crianças e jovens migrantes, os quais não conseguem entrever uma outra oportunidade senão aquelas, limitadas, que vida lhes põe pela frente.

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