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Guatemala – ‘Casa Betânia’: apoio aos migrantes

17 fevereiro 2021

(ANS - San Benito) – Uma das numerosas atividades da paróquia salesiana de San Benito Petén, na Guatemala, é a animação da Casa para migrantes “Betânia”, uma das duas casas para migrantes do Vicariato Apostólico de Petén. Além dessas duas casas, duas paróquias localizadas na fronteira, em Naranjo e Melchor, também são frequentadas por migrantes que, da América Central e América do Sul, cruzam o país com destino ao México e EUA.

“No momento o fluxo é muito forte. Por meio das caravanas de migrantes, todos querem tentar chegar ao 'sonho americano'. Nestes últimos dias tivemos de preparar os corredores da casa para que as pessoas pudessem ter onde dormir. Eles têm um objetivo claro, não querem atrasar a viagem, querem apenas comer alguma coisa, descansar e seguir em frente”, explica o P. Giampiero de Nardi, missionário salesiano responsável pela obra salesiana de San Benito.

A situação de pandemia também afeta a “Casa Betânia”, que cumpre todos os regulamentos de segurança anti-Covid-19. Em dias normais, são geralmente atendidas 55 pessoas, mas agora, com a pandemia, no máximo 30 pessoas podem receber comida e um lugar para dormir. Eles também podem contar com atendimento médico de uma enfermeira voluntária, da Espanha.

A casa também oferece apoio psicológico ao migrante, além de identificar as pessoas que precisam de asilo, correm perigo de vida; ou aquelas que, em vez de ser classificadas como migrantes, são consideradas refugiadas, por estarem fugindo das situações de violência em seu país.

A casa funciona graças a voluntários, em sua maioria oriundos da paróquia, que colaboram na limpeza dos quartos ou na preparação e coleta de alimentos.

Sua atividade tem cerca de quatro anos. Estima-se que neste período ela forneceu cerca de 18 mil refeições, se levarmos em conta que em 2020 as atividades foram encerradas devido à pandemia. O número indica com clareza o grande fluxo migratório presente na região.

Atualmente, a maioria dos migrantes interceptados vem de Honduras e, em muitos casos, são pessoas que foram duramente atingidas pelos furacões Eta e Iota no ano passado.

“Há pessoas que perderam tudo; muitos relatam que perderam suas casas. Um jovem nos contou que viu sua companheira morrer carregada por uma forte correnteza, e ela era toda a sua família. Eles vêm em grandes grupos, famílias inteiras, até mesmo com os avós. Na passagem pela Guatemala tiveram problemas com a polícia (maus-tratos) e tudo foi muito difícil para eles. No momento, seu único objetivo é chegar aos Estados Unidos; eles não querem mais nada e não estão interessados ​​em nenhuma outra opção”, conclui o P. de Nardi.

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