A todas elas, no passado mês de março dedicado à mulher, foi-lhes oferecido um sábado de celebrações. O dia iniciava na Santa Missa, seguida por uma conferência feita pela ‘Madame’ Marie Claire, u’a mulher empresária, responsável por uma oficina de marcenaria; e por último contava-se sempre com algum evento cultural, mais um almoço festivo.
Para as alunas da “Tuwe Wafundi” a fala Sra. Marie Claire foi iluminadora. “Baseada em suas experiências pessoais, nos disse que, para viver e ser mulher líder, há que dispor de alguns princípios ou normas que nos impomos a nós mesmas – testemunhou a jovem Irène Nabintu, aprendiz de Mecânica de Automóveis – . Ei-los:
- evite-se viver a esperar sempre pela ajuda dos outros;
- a igualdade impõe-nos trabalhar duro e demonstrar que, se o quisermos realmente, podemos dar conta também sozinhas;
- amar o próprio trabalho, o próprio ofício: se alguém ama realmente a sua vocação, o seu trabalho, obterá sucesso também quando o vento lhe soprar ao contrário;
- rezar: é Deus quem consola e dá confiança ao longo da caminhada do trabalho;
- fazer tudo nos tempos previstos e não ter inveja daquilo que não temos”.
A Sra. Marie Claire, casada e mãe de nove filhos, todos criados e educados graças ao seu trabalho, também encorajou as jovens presentes a continuar a formação, “porque qualificar-se como os rapazes são necessárias inteligência, força, vontade, e trabalhar com coragem. Sem faltar de respeito aos homens, podemos fazer-nos aceitar como verdadeiras líderes mulheres” – acrescentou mais ‘Madame’ Marie Claire.
No sucessivo espaço para perguntas e respostas, foram sublinhados também os valores da honestidade, que no mundo do trabalho sempre nos recompensa, e da paciência, porque “uma mulher se torna líder pouco a pouco”. E àquelas jovens que gostariam de trabalhar, mas que seus namorados são contrários a tal opção, a conferencista disse claramente: “Se alguém ama uma pessoa, amará também tudo quanto esta é, vive e faz”.
“Até pouco tempo, as meninas da escola Tuwe Wafundi estavam na rua, sem diploma, sem emprego, sem futuro. ‘Dom Bosco’ lhes oferece a possibilidade de achar um lugar na sociedade, e – por que não? – de tornar-se um dia verdadeiras mulheres líderes” – comentou o P. Piero Gavioli, Diretor da Obra salesiana em Bukavu.