Alemanha – O programa ‘Don Bosco Volunteers’ continua empenhando mesmo anos após o serviço

13 janeiro 2022

(ANS - Munique) - Programas de voluntariado no exterior, como o dos "Don Bosco Volunteers", muitas vezes levam a um voluntariado mais duradouro. É o que revela uma pesquisa, realizada entre ex-voluntários, pela Inspetoria alemã, por ocasião do 25º aniversário do programa. Ao regressar para casa, 91% dos 180 voluntários declararam-se envolvidos política e socialmente, por exemplo, no trabalho com os jovens, em associações estudantis ou na ajuda a refugiados. E 50% até atuam no setor mais de uma vez por semana.

Em 1996, o primeiro voluntário do programa salesiano deixou a Alemanha em direção à Irlanda. Outros 800 jovens o seguiram nos anos seguintes e, desde 2010, cerca de 400 outros voluntários também realizaram serviços voluntários no país. Todos estes jovens alemães enriqueceram e transformaram o trabalho juvenil e, para o desenvolvimento dos Salesianos de Dom Bosco, melhoraram as estruturas nos países ex-colônias, fortaleceram a preparação de novos voluntários e construíram pontes de solidariedade entre o Norte e o Sul do mundo e na Família de Dom Bosco.

Por ocasião dos 25 anos do programa, foi realizada uma pesquisa que envolveu cerca de 650 ex-voluntários, propondo a seguinte pergunta: “Como o voluntariado moldou a vida dos voluntários no exterior e que experiências eles trouxeram?".

As 180 respostas apontam, em primeiro lugar, para a importância e o poder desses doze meses de dedicação aos jovens de todo o mundo. Tudo isso é claro quando observamos a orientação para as políticas de desenvolvimento. Muitos voluntários, de fato, durante o serviço, desenvolvem uma visão crítica do sistema econômico internacional e das injustiças sociais - fato confirmado pelas inúmeras respostas, nas quais fica evidente que as experiências feitas ‘in loco’ influenciam, mesmo anos depois, a atitude dos voluntários relativamente a questões globais, como racismo e desigualdade.

As respostas também destacam as amizades e os laços intensos que foram estabelecidos, como elementos particularmente positivos, destacando a função dos voluntários como construtores de pontes entre pessoas e culturas. Em alguns casos, os voluntários permanecem em contato com o país anfitrião por vários anos após o término de sua missão - por meio de redes sociais, viagens ou, em alguns casos, por meio de seu envolvimento com comunidades imigradas na Alemanha. A experiência de fazer parte de uma comunidade internacional em benefício de crianças e jovens é quase universalmente percebida pelos participantes como significativa, positiva e pessoalmente enriquecedora.

Para a família Dom Bosco, os voluntários ativos e os ex-voluntários também representam um investimento como funcionários: quase um terço deles, após o voluntariado, inicia os estudos para se tornar docente ou para o trabalho social, demonstrando desejo de continuar a trabalhar com crianças e jovens.

Por fim, o ano de voluntariado com "Don Bosco Volunteers" envolve muitas vezes a partilha da vida e da experiência com uma comunidade religiosa, considerada como positiva por muitos participantes. Entretanto, não acompanham necessariamente esta experiência uma confiança maior na Igreja como instituição e uma intensificação da própria Fé.

“A pesquisa nos incentiva a continuar trabalhando com nossos voluntários para um mundo de solidariedade e a ampliar ainda mais nossa oferta”, declara Ulla Fricke, da “Don Bosco Volunteers” de Bonn, que coordenou a pesquisa junto com Wolfgang Kirchner e Heike Strecke.

A apresentação detalhada da pesquisa está disponível, em inglês e espanhol, em um documento em PowerPoint disponível para download na parte inferior da página.

InfoANS

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