O tema do Congresso foi: “O futuro da educação: aprender a transformar”, com o objetivo de refletir, repensar e colocar em prática na Escola Católica na América a iniciativa da UNESCO “O futuro da educação” em sinergia com o Pacto Educativo Global, proposto pelo Papa Francisco.
O Congresso foi organizado pela Confederação Inter-Americana de Educação Católica (CIEC) e evidenciou uma série de aspectos importantes, como a prolongada crise criada pela pandemia de Covid-19 e as multíplices outras “pandemias” que afligem a população do Continente em âmbito social, político, econômico e cultural, inclusive o problema do difícil acesso a uma instrução/educação de qualidade. No Congresso foram também lembradas as palavras do Papa Francisco aos responsáveis mundiais da Assembleia das Nações Unidas em 2020: “De uma crise não se pode sair iguais: ou melhores ou piores. Por isso, em conjuntura tão crítica, há que repensar o futuro da nossa Casa Comum e do nosso projeto comum”.
A intensa programação incluiu 10 (dez) conferências, um debate, 5 (cinco) conferências TED (Technology Entertainment Design), além de atividades culturais, como o ‘Alegra-te’, o passeio pelo centro histórico da Cidade do México, a Festa Mexicana e a participação na Feira de Educação Católica.
O congresso, em geral, enfrentou o tema da educação do futuro como “um espaço de encontro fraterno e de reflexão profunda sobre o ‘futuro da educação’, numa perspectiva de mudança e inovação, representada por um novo passo, em que repensar a identidade e a missão, para ‘aprender a transformar-se em sinergia com o Pacto Educativo Global”. Ao mesmo tempo, trataram-se também os temas da sustentabilidade, da fraternidade e do bem-comum, definindo como prioritária uma educação ecossustentável, para enfrentar o desafio da fraternidade e o cuidado com a Casa Comum.
Ao mesmo tempo, sublinhou que evangelizar educando e educar evangelizando será sempre um desafio, também perante as novas tarefas que esperam a Escola Católica, na perspectiva das variadas mudanças que a sociedade e o mundo estão a enfrentar e do humanismo solidário, e também em consideração dos novos conhecimentos e tecnologias de que a Escola Católica deve saber servir-se, para ser cada vez mais significativa.
Durante o evento, a Família Salesiana distinguiu-se pela participação, como membro do Conselho Diretor da CIEC, da Ir. Ana Júlia Suriel FMA, da República Dominicana, que fez a conferência com Mariano Jabonero (OEI) sobre o tema: “A agenda digital para a América Latina: uma visão humanizada e responsável pela transformação tecnológica nas escolas”.
Além disso, o Prêmio ‘Jesus Mestre’, concedido a pessoas e instituições, foi conferido à Inspetoria dos Salesianos de Dom Bosco, da República Dominicana.
No 2º dia do Congresso, a Celebração Eucarística, preparada pela Família Salesiana, foi presidida por Dom Alberto Lorenzelli SDB. O coro que animou a Missa era composto por adolescentes e jovens de algumas obras salesianas da Cidade do México. O P. Héctor Ugarte SDB já no exórdio introduziu: “O que é uma escola católica? Não é aquela que prepara à catequese, mas a que torna possível o encontro de cada membro da Comunidade Educativa com Jesus Cristo. Isto acontece através de atividades pastorais, mas também através da cultura e da ciência”.
Em sua homilia, Dom Lorenzelli sublinhou: “Educar é construir a vida, responder aos desafios da vida. Diz o pedagogo brasileiro Paulo Freire: ‘Ninguém educa ninguém, educamo-nos juntos’. Para construir uma vida significativa é necessário educar para ser protagonistas, educar aos valores, ao agir responsável, à paz, à esperança. Há que tornar-se um sinal de esperança com o próprio modo de viver e olhar a vida. Desperta-se um germe de esperança no jovem quando percebe que não está só”. Por fim, desejou, salesianamente: “«Educar é coisa do coração». O coração de cada um palpite sempre de alegria e de esperança”.
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