Foram três dias intensos, repletos de ideias e conteúdos: numerosos palestrantes e convidados participaram e aprofundaram questões centrais da situação social do país neste momento histórico.
No primeiro dia, após a apresentação do P. Francesco Preite e da saudação do P. Roberto dal Molin, Presidente do Centro Nacional das Obras Salesianas (CNOS), a assembleia propôs uma reflexão sobre o "Cenário europeu e italiano para jovens e menores". Quais perspectivas e quais riscos?”. O debate abordou diversos pontos: a importância de uma abordagem holística dos jovens, sem simplificações, levando em conta os que vivem à margem e favorecendo um contato entre os "jovens otimistas" e os jovens desiludidos - processo que implica que os adultos saibam abrir espaço e se deixem contagiar pelos mais jovens. No que diz respeito aos desafios a serem enfrentados junto aos jovens, foi mencionada a complexidade e a vontade de acompanhar os nossos jovens, que têm o direito de escolher conscientemente os caminhos que desejam percorrer. Também foi destacada a necessidade de observar os crescentes e alarmantes fenômenos da criminalidade entre os mais jovens: há um desejo de visibilidade que os desvia para os caminhos da violência.
No segundo painel, Valentina Bellis, Vice-presidente de “Salesianos pelo Social” moderou o tema: “Os Salesianos pelo social: o rosto de Dom Bosco na sociedade com o Fórum do Terceiro Setor. Como ser construtores de redes inclusivas e participativas com e para os jovens?”. Na ocasião, o foco foi a pobreza educativa e as soluções possíveis para permitir que as crianças tenham sucesso na manhã: a necessidade de estabelecer uma aliança estável em todos os bairros com dificuldades, para unir a sustentabilidade educativa e alcançar todas as crianças dentro e fora da escola com a sustentabilidade social e ambiental. Do ponto de vista salesiano, o objetivo principal em relação aos jovens, especialmente os mais pobres, é constitutivo: é preciso evitar o risco de separar quem trabalha com pobres em risco e quem trabalha com jovens que aparentemente não tem problemas.
Na terceira sessão, que teve como tema "Apresentação do processo de restituição do Congresso Internacional de Obras e Serviços Sociais Salesianos e do processo de redação do documento programático a partir de baixo", o foco central foi a cultura: entendida como valor de enxerto e transformação do social, como lente para ler o presente e decodificar a realidade e imaginar o futuro. O painel foi encerrado com a apresentação do processo de redação e programação.
A quarta e última mesa redonda abriu espaço para que os responsáveis das várias comissões inspetoriais descrevessem as suas realidades e partilhassem um sonho para o futuro: riqueza, transformação, circularidade, acolhimento, salesianidade e complexidade foram os temas que emergiram nesta conversa, termos que revelam a realidade social da Itália salesiana e também as primeiras palavras escritas na folha branca da programação. Por fim, também foram apresentados os pontos fundamentais da ação dos Salesianos pelo Social, coletados no Balanço Social.
No último dia, os trabalhos focaram na Apresentação do Programa 2022-2023 e com as comunicações dos diversos setores e secretarias, além da Missa de encerramento.
