Síria – Emergência na emergência

08 fevereiro 2023

(ANS – Alepo) – “Com o frio, a neve e a situação (após quase 12 anos de guerra) de muitos edifícios – ainda não sabemos como nos organizaremos. A população precisa urgentemente de ajuda”: estas foram as primeiras palavras que o P. Alejandro León, Superior da Inspetoria "Jesus Adolescente" do Oriente Médio (MOR), enviou de Alepo, na Síria, terra martirizada, como costuma definir o Papa Francisco, que desde segunda-feira passada foi ainda mais martirizada.

Os dois fortíssimos sismos com epicentro em Kahramanmaraş, no sul da Turquia, na fronteira noroeste com a Síria, ocorridos na madrugada de 5 de fevereiro, destruíram centenas de edifícios, deixaram mais de 20.000 feridos e mais de 5.000 mortos. Uma tragédia imensa, que mais uma vez afeta uma zona já muito sacrificada do planeta. Uma região onde, em 15 de março de 2011, eclodiu uma guerra e ainda hoje vê as forças do governo de Bashar al-Assad contra uma coalizão de milícias armadas, definidas como rebeldes; guerra sangrenta que já causou mais de 306 mil vítimas, 6,6 milhões de refugiados no exterior, além de 6,7 milhões de deslocados internos no país.

O terremoto foi um como doloroso ‘déjà-vu’: as imagens de Alepo, a segunda maior cidade da Síria, mostravam prédios de oito andares completamente destruídos, telhados e sótãos caídos ao chão, relembrando uma das batalhas mais ferozes da guerra civil síria, travada naquele mesmo lugar. Muitas casas, que já estavam em ruínas devido aos últimos bombardeios, agora são apenas poeira e entulho.

Os Filhos de Dom Bosco em Alepo imediatamente se mobilizaram para prestar assistência aos primeiros desabrigados, às famílias que se refugiaram na Casa salesiana. Os missionários ajudam com alimentos, cobertores e agasalhos. “Acolhemos imediatamente todos aqueles que precisam. Já são mais de 300 as pessoas acolhidas e ajudadas pelos salesianos, colaboradores, toda a Família Salesiana de Alepo”, comunicou ontem, 7 de fevereiro, o Delegado Inspetorial para a Comunicação Social da Inspetoria MOR, P. Pier Jabloyan.

“O sofrimento é grande porque as pessoas estão com medo e temem os tremores secundários após o grande tremor das 4 da manhã. A terra tremeu, casas foram destruídas e houve muitas mortes. O frio e a chuva também contribuem para o mal-estar dos desabrigados”, testemunha por sua vez o P. Georges Fattal, Diretor da Obra salesiana de Alepo, a qual viu “apenas algumas janelas quebradas”.

Imediatamente após os tremores, muitas pessoas assustadas buscaram automaticamente refúgio no oratório salesiano. “Antes de preparar refeições quentes, tivemos que acalmá-las, porque essas pessoas já sofreram com a guerra e a pobreza, e agora precisam enfrentar as consequências do terremoto. Lembramos a eles que quando Deus estava no meio do mar revolto, perguntou aos seus discípulos: 'Por que estais a temer?'. Ele está conosco e entre nós", continuou o P. Fattal

Por fim, o Diretor dos Salesianos de Alepo concluiu exortando a apoiar a população síria em todos os níveis: “Certamente haverá necessidade de ajuda material para a reconstrução, uma vez que este terremoto, de uma intensidade nunca vista, derrubou tantos edifícios... Mas, antes de mais nada, pedimos que rezem por nós."

Para mais informações: www.missionidonbosco.org 

InfoANS

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