A Eucaristia, presidida pelo Reitor-Mor, P. Fábio Attard, e concelebrada por vários Conselheiros Gerais, numerosos Missionários, Inspetores e Delegados Inspetoriais para a Animação Missionária (DIAM), contou também com a presença da Madre Geral das FMA, Ir. Chiara Cazzuola, acompanhada de Conselheiras e de uma Representação de irmãs FMA, em viva comunhão missionária das duas Famílias Religiosas.
Memória que se torna missão
Na introdução da celebração, o P. Miguel Viviano, Reitor da Basílica, recordou com emoção a tarde do dia 11 de novembro de 1875, quando Dom Bosco se despediu dos primeiros dez missionários que partiam para a Argentina: “Quem sabe se esta partida e este pequeno grupo não serão uma como semente de que nascerá uma grande árvore?” – disse Dom Bosco, entre comovido e esperançoso...
“Hoje, 150 anos depois – disse P. Viviano – queremos agradecer, repensar e relançar”:
- agradecer pelos 10.700 missionários que, neste século e meio, levaram o carisma salesiano a 137 países;
- repensar a missão em contextos multirreligiosos e secularizados;
- relançar um zelo missionário renovado, próximo dos jovens pobres e daqueles que perderam o sentido da vida.
“E assim como na época — concluiu — também hoje ressoa o «inde gloria mea» : «daqui a minha glória»! A glória de Deus, a glória de Maria Auxiliadora, a glória de Dom Bosco e das suas Congregações”.
“Somos servos inúteis”: o convite do Evangelho a enraizar-se em Cristo
Na homilia - inspirada no Evangelho de Lucas 17,7-10: “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer” – o P. Attard relacionou aquele momento de 150 anos atrás com o mandato atual, oferecendo três chaves espirituais:
- Centralidade de Cristo – “Dom Bosco não enviava funcionários ou administradores, mas apóstolos. Tudo nasce e encontra sentido em Cristo: sem Ele nada podemos, com Ele tudo é possível”.
- Fidelidade ao carisma – “Conhecer Dom Bosco e viver o seu espírito significa deixar-se moldar pelo amor educativo, pela fraternidade e pela alegria evangélica que tornam a missão credível”.
- Serviço aos pobres – “Servir os pobres é escolher a pobreza evangélica como caminho de liberdade e autenticidade; somente uma comunidade pobre e sóbria se torna Evangelho vivo”.
“Conceda-nos o Senhor a força do seu Espírito para que, como Dom Bosco, vivamos e transmitamos a beleza do Evangelho, enraizados em Cristo, fiéis ao carisma e servos dos pobres”, concluiu.
Entrega das Cruzes Missionárias
Após a homilia, o Conselheiro Geral para as Missões, P. Jorge Crisafulli, proclamou os nomes dos novos missionários SDB da 156ª expedição. Um a um, levantaram-se, pronunciaram emocionados o seu “Eis-me aqui!” e aproximaram-se do Altar. Em seguida, a Conselheira Geral para as Missões das FMA, Ir. Ruth del Pilar Mora Velazco, leu os nomes das novas missionárias FMA da 148ª expedição, também acolhidos com um entusiasmado “Eis-me aqui!”, cheio de dedicada confiança.
O momento mais comovente foi a entrega das cruzes missionárias: pelo Reitor-Mor aos Salesianos; e pela Madre Geral às Irmãs – sinal de unidade na mesma vocação missionária e na mesma consagração ‘ad vitam’.
Os missionários SDB da 156ª expedição
Entre os destinos figuram Bangladesh, Moçambique, Brasil, Mongólia, Grécia, Turquia, Romênia, Tailândia e mais países... Junto com eles, alguns missionários de expedições anteriores renovaram seu mandato, continuando o próprio serviço em outras regiões do mundo.
As missionárias FMA da 148ª expedição
Provenientes do Vietnã, Índia, Coreia do Sul e Itália, as novas missionárias FMA partem para as comunidades que as aguardam em vários Continentes, a fim de ser - entre os Jovens - sinal de consolação, confiança, Esperança evangélica.
Pelo envio, um sinal de gratidão
A celebração concluiu-se com um emocionado agradecimento pronunciado por um dos missionários partintes, em nome de todos os mandados, expressando gratidão a Deus, à Congregação, à Família Salesiana e a todos os que apoiam as Missão com a Oração.
Ao final da Missa, os novos missionários SDB e FMA, acompanhados pelos Superiores, dirigiram-se em silêncio e oração até à Urna de Dom Bosco, para confiar-Lhe a missão e pedir-Lhe a bênção de Pai. Ali, em clima de recolhimento e ao som dos cânticos, elevaram uma prece pelos jovens que os aguardam em todas as partes do mundo e por todos os missionários salesianos que os precederam e od esperam. – A visita a Dom Bosco encerrou-se com a foto de grupo, símbolo da comunhão e continuidade da história missionária, iniciada há 150 anos na mesma Casa dedicada a Maria.
Diante do altar de Maria Auxiliadora e da Urna de Dom Bosco, Valdocco renovou, mais uma vez, o seu “sim” às Missões – um Mandato que, há 150 anos, continua a fazer florescer no mundo a Esperança do Evangelho e o Sonho dos Salesianos de serem “sinais e portadores do Amor de Deus aos jovens”.
Na parte inferior da página você pode ler e baixar, em várias línguas, o texto completo da homilia da missa.
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