Líbano – Leão XVI às Autoridades libanesas: ‘Felizes os que promovem a Paz’

01 dezembro 2025
Foto ©: Vatican Media

(ANS – Beirute) – Às 15h34 do domingo, 30 de novembro (UTC+2), após deixar Istambul e a Turquia, o avião do Papa pousou no Aeroporto Internacional de Beirute-Hariri. Na Capital do “País dos Cedros” - segunda etapa de sua primeira Viagem Apostólica - , o Pontífice dedicou a tarde a encontros institucionais. “Aqui a paz é um desejo e uma vocação; é um dom e um canteiro sempre aberto” - disse.

No início de sua Viagem Apostólica ao Líbano, o Papa Leão se reuniu com as Autoridades Civis do País, exortando os jovens a falarem “a linguagem da esperança”, a mesma que, segundo ele, permitiu ao Líbano “recomeçar sempre”.

O Papa dirigiu-se às Autoridades civis libanesas, a Representantes da sociedade civil e ao Corpo diplomático reunido no Palácio Presidencial de Beirute; e pronunciou seu primeiro discurso em solo libanês.

No pronunciamento, centrado no tema principal de sua viagem - “Bem-Aventurados os que promovem a paz” - o Santo Padre ressaltou que a paz no Líbano não é apenas uma aspiração: é uma necessidade diária, enraizada no complexo tecido social do país e nos desafios atuais.

E lembrou aos Guias libaneses que a paz em seu país não é uma abstração, mas “um desejo e uma vocação” que deve ser construída passo a passo.

A resiliência libanesa

Enfatizando a resiliência do povo libanês, o Papa observou que ele “não desiste” mesmo diante das dificuldades. E descreveu essa resiliência como uma base para reconstruir e seguir em frente, acrescentando que ela é essencial para aqueles responsáveis que devedm moldar o futuro do Líbano.

Na sequência, ao convocar os Guias a manter-se estreitamente unidos com o seu Povo, em particular com as gerações mais jovens, o Pontífice os instou a utilizar “a linguagem da Esperança”, a qual possibilitou ao Líbano “a sempre recomeçar de novo”.

Reconciliação e verdade

O Papa Leão sublinhou ainda que, para uma paz sustentável, é necessário enfrentar as feridas do passado, insistindo no fato de que a reconciliação deve ser buscada com paciência e honestidade.

“Há feridas pessoais e coletivas - disse - que, para se poderem cicatrizar, exigem longos anos; por vezes, gerações”.

E enfatizou que a verdade e a reconciliação “sempre crescem juntas” e alertou para o perigo de ficarmos “presos à nossa dor e à nossa maneira de pensar”.

As instituições, acrescentou, devem priorizar o bem comum, que descreveu como “maior do que a soma de muitos interesses”.

O desafio da emigração

O Sumo Pontífice abordou, em seguida, a incessante emigração dos jovens, reconhecendo que é a incerteza e as adversidades que motivam a muitos... partir.

E evidenciou que, embora a diáspora libanesa possa trazer muitos benefícios, “a Igreja deseja que ninguém se veja obrigado a partir”.

Destacou a necessidade de condições que permitam aos jovens permanecer e construir seu futuro em casa; e convidou o Líbano a evitar tanto o “localismo” quanto o “nacionalismo”.

Ao citar “Fratelli tutti”, relembrou às Autoridades a importância de manterem tanto a identidade local quanto a abertura global, enfatizando que esses são “dois polos inseparáveis e igualmente vitais em toda e qualquer Sociedade”.

Mulheres e jovens

E, ao reconhecer a contribuição das mulheres na sociedade, o Papa declarou que elas têm uma "especial habilidade pacificadora", profundamente enraizada m sua habilidade de sustentar e fortalecer os vínculos sociais. Sua participação, disse ele, é um “fator de verdadeira renovação”.

Por outro lado, os jovens que permanecem ou retornam ao Líbano, acrescentou, contribuem de forma decisiva para garantir que o País “possa voltar a ser uma terra cheia de vida”.

Responsabilidade compartilhada pela paz

Ao finalizar seu discurso, o Papa Leão XIV lembrou aos presentes que a paz exige um empenho ativo, tanto por parte dos líderes quanto das instituições.

O diálogo, afirmou, “é o caminho que conduz à reconciliação”, mesmo em meio ao desacordo.

InfoANS

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