Reforçar a cooperação global
A colaboração entre os ‘Voluntários Dom Bosco’, as Inspetorias associadas e as Comunidades de Acolhença Global tem se intensificado ao longo dos anos. O encontro deste ano confirmou mais uma vez o quanto essa articulação é fundamental para um serviço de voluntariado seguro e com impacto real.
“Somos profundamente gratos às Comunidades salesianas na África, Ásia e América Latina, que atualmente acolhem 42 voluntários procedentes da Alemanha; e os acompanham com paciência, criatividade e cuidado pastoral” - destacaram os responsáveis pelo ‘Don Bosco Volunteers’. Seus membros hoje atuam em diversas comunidades salesianas na Argentina, Bolívia, Colômbia, Montenegro, Benim, Gana, Togo, Zâmbia, Índia, Sri Lanka, Mongólia.
Tema central: proteção de menores e prevenção de danos
Um dos objetivos principais do encontro foi reforçar o empenho pela proteção de menores em todos os serviços de voluntariado. Em alguns contextos, ainda existem desafios (permanência de punições corporais, diferenças culturais nas práticas educativas, gestão de incidentes que afetam emocionalmente os voluntários).
“Junto aos nossos parceiros, queremos avançar com transparência, sem acusações, com sensibilidade cultural, para:
– definir padrões comuns;
– aprimorar os canais de comunicação;
– apoiar voluntários que enfrentem situações de desconforto;
– fortalecer, quando necessário, as capacidades das comunidades”.
A Equipe também avaliou o sistema de administração de casos, e estabeleceu as próximas etapas para procedimentos conjuntos de proteção, em contextos internacionais.
Saúde mental e acompanhamento
O grupo atual de voluntários enfrenta novos desafios. Quase um terço já estava em tratamento ou tinha problemas de saúde mental antes de procurar o serviço, e as comunidades parceiras apontam uma demanda crescente por suporte emocional.
Debate na Alemanha: serviço obrigatório ou voluntário?
Na Alemanha, a volta do serviço social ou militar obrigatório está sendo discutido novamente. Os responsáveis pelo ‘Don Bosco Volunteers’ refletiram sobre o tema e concluíram que:
– um ano de serviço só faz sentido se for escolhido livremente e não forçado;
– uma motivação baseada na solidariedade, em vez da obrigação, leva a um aprendizado mais profundo e a relações mais saudáveis – tanto para os voluntários quanto para as comunidades anfitriãs;
– um apoio firme a financiamentos estáveis e suficientes, em vez de cortes estruturais, para proteger a qualidade da formação e do acompanhamento.
Olhar para o futuro: voluntariado inverso e novas oportunidades
“Estamos ansiosos por receber, a partir de setembro próximo, um pequeno grupo de voluntários inversos (provenientes dos países parceiros), reforçando a aprendizagem global em ambas as direções” - diz a Equipe da ‘Don Bosco Volunteers’.
O encontro também abordou o interesse cada vez maior pelo ‘Voluntariado Salesiano’, apesar das mudanças demográficas na Alemanha, além de iniciativas contínuas de recrutamento, formatos digitais, e maior envolvimento dos parceiros.
Ulla Fricke,
Diretora do Setor de Educação e Comunicação, da Procuradoria Missionária de Bonn
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