Dom Cristóbal, de 65 anos, teve como seu principal ordenante o card. Juan José Omella, arcebispo de Barcelona. A catedral, repleta como só acontece em poucas ocasiões, estava cheia de fiéis de origem europeia e subsaariana, dado que aos cristãos marroquinos é proibido participar da Missa.
Por motivo institucional também participaram o Wali (Governador) de Rabat-Salé, o Presidente da Comissão dos Ulemás e alguns representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, com numerosos diplomatas.
Durante a celebração – oficiada em francês e espanhol, com outras orações em várias línguas europeias e africanas – o cardeal Omella recordou ao novo arcebispo que o seu trabalho consistirá sobretudo na assistência aos emigrantes e estudantes subsaarianos, que nos últimos anos se tornaram o principal segmento da população nas igrejas católicas do país do Magreb.
Contudo, o cardeal Omella explicitou duas vezes que esse trabalho deve ser feito “sem qualquer forma de proselitismo”, com referência ao Código Penal marroquino que veta expressamente qualquer atividade que consista em “afastar os Muçulmanos da própria fé”, pelo que no passado foram registrados casos de expulsão de estrangeiros.
Dom Cristóbal López recebeu o báculo episcopal do seu predecessor, o arcebispo francês Dom Vincent Landel, que trabalhou 19 anos na arquidiocese de Rabat.
Com poucas, mas significativas palavras, o novo arcebispo disse: “Vim para amar-vos. O principal serviço que devo oferecer-vos não é organizar atividades, dirigir as paróquias ou empreender iniciativas pastorais, mas sobretudo o serviço do amor”.
E concluiu com uma frase: “A minha caminhada terá como ponto de referência o Papa Francisco”.
Fonte: Eldia.es
