Itália – Salesianos Cooperadores acolhem família de refugiados sírios

25 abril 2016

(ANS – Roma) – “Em que medida estamos prontos a assumir os sofrimentos dos outros, limitando a nossa vida para abrir espaço a quem está em dificuldade?” – foi a pergunta que se fizeram alguns Salesianos Cooperadores da Itália Central. A resposta foi que, perante aos horrores da guerra vale a pena enfrentar as complicações burocráticas e demais dificuldades para dar serenidade e dignidade a quem pede ajuda.

“A primeira vez que vimos a guerra na tv, parecia-nos distante – contou o casal de sírios uma vez na Itália –. Depois atingiu a nossa casa: tivemos de deslocar-nos para o centro da cidade. Por três anos vivemos - nós quatro – num só cômodo, embora continuando a crer em nossos valores e a participar das atividades do nosso oratório, que tanto soube ajudar-nos”.

Por causa da guerra, a casal perdera além da casa, o trabalho e a possibilidade de mandar os próprios filhos à escola, visto que muitas (das escolas) eram requisitadas para o exército.

Enquanto na Síria isso acontecia, os dois Salesianos Cooperadores fautores da iniciativa aproveitava do 4° Congresso Regional da Associação dos Salesianos Cooperadores, feito em Pianezza (TO), em abril de 2015, para propor aos Delegados e Coordenadores da Região Itália-Malta-Oriente Médio acolher na Itália, no período estivo, uma família síria, para que participasse de um percurso de formação já encaminhado havia tempo. Dali a pouco foi exatamente uma família síria que pediu para vir, também com os filhos, à Itália, segundo as Leis, por causa da impossibilidade de viver no meio da guerra.

Graças à intervenção da Associação dos Salesianos Cooperadores e dos “Cerchi d’Onda Onlus”, foi possível atender ao seu pedido. Já na Itália, foi preciosa a rede humana criada em seu redor, também graças à generosa disponibilidade das pessoas da Obra “'Borgo Ragazzi Don Bosco'”, do Centro Astalli e da Cáritas. Um grande auxílio chegou sobretudo dos mais simples: eles souberam doar a própria disponibilidade e achar um cômodo e todos os meios de primeira necessidade para essa família, realizando assim tantos inesperados pequenos... milagres.

“Querendo respeitar a lei defrontamo-nos frequentemente com os longos tempos da burocracia e outros obstáculos...; mas tudo acabou bem, restituindo a uma família o sabor do equilíbrio e da cotidiana normalidade. Foi uma boa e comum obra de misericórdia” – concluem os coordenadores da iniciativa.

Fonte: BorgoDonBosco

InfoANS

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