Tanzânia – “Karibu, Rebecca!”: testemunho de uma voluntária a mil

15 janeiro 2020

(ANS – Didia) – “Uma coisa que aprendi imediatamente na Tanzânia é a natureza incrivelmente acolhedora da sua gente. ‘Karibu’ (bem-vindo, em ‘kiswahili’) é certamente uma palavra muito comum aqui e essa natureza acolhedora é uma parte importante da sua cultura”. Quem o diz é Rebecca, jovem que participa do projeto de voluntariado salesiano “Bosco Volunteer Action” (BOVA), da Inspetoria da Grã-Bretanha. A seguir, uma síntese do seu raconto sobre os três primeiros meses de serviço.

Há um sem-número de saudações em ‘kiswahili’ e no primeiro minuto da sua conversa pode ser entretecido pelas boas-vindas em pelo menos cinco modos diferentes. Outra coisa que me ajudou a integrar-me foi fazer parte de uma comunidade. Aprecio o fato de que podemos comer e rezar juntos, todos os dias. E estou feliz por ter escolhido uma organização salesiana para o meu tempo de voluntariado: julgo que o espírito comunitário aqui é único.

‘Don Bosco Didia’ é uma escola ‘ginasial’ ao norte da Tanzânia, com perto de 1200 alunos, na idade de 12 a 20 anos). Os jovens acordam cedo (4h30min) para estudar antes da Missa, celebrada às 6! Seguem-se as aulas das 8 às 16:00. Jogos, só depois das aulas. Reza do Terço. Jantar. Depois, novamente estudo, até às 22.  E pensar que eu me queixava por ter de levantar-me às 7h30 para ir à escola! Aqui, entretanto, nunca ouvi, nem uma vez sequer, alguém se queixar por ter que levantar-se nesse horário.

Um mês depois da minha chegada, os alunos começaram os exames. Falando com alguns deles, fiquei surpresa por sua total serenidade. Um deles até me disse: “Não estou por nada preocupado: estou nas mãos de Deus!” – um jeito de pensar que gostaria ter tido quando me achava em idênticas situações!

Entre minhas tarefas constou imediatamente o pedido de ensinar inglês. Tendo apenas terminado a escola, sem qualificações para tal ensino, duvidava seriamente acerca das minhas capacidades para tanto; mas depois de duas ou três aulas, comecei a sentir-me muito mais à vontade e delicio-me pela liberdade de ensinar a uma classe com plena autonomia.

Uma coisa que se me revelou importante foi a de descer ao nível dos alunos, passar quanto mais tempo possível com eles… Isto nos aproxima e nos põe em real sintonia com todos.

Minha percepção sobre quanto possa causar impacto aqui, mudou muito desde que aqui cheguei: sei que não posso mudar a vida de todos na escola. Entretanto, se eu expender, todos os dias, todas as minhas energias para ajudar os alunos, então saberei que fiz tudo o que podia de melhor.

InfoANS

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