Como surgiu a ideia desse encontro no meio do mandato?
Para o sexênio nos havíamos proposto – dentre os muitos – dois grandes objetivos: cuidar com grande atenção da formação e de todas as presenças formativas da Congregação; e acompanhar de perto os Inspetores. Foi nessa ótica, pois, que nasceram duas novas iniciativas: (1) o encontro de cada Inspetor com o Reitor-Mor, o Vigário e os Conselheiros de Setores, a poucas semanas da nomeação, a fim de que quando o Inspetor voltasse à sua destinação, tivesse uma “carta de navegação” para o sexênio; e (2) este encontro com os Inspetores ao perfazer a metade do mandato, para proporcionar-lhes uma experiência espiritual; um tempo por assim dizer de repouso espiritual e pessoal; e um diálogo importante com o Vigário e com o Reitor-Mor.
Quais os frutos da experiência?
Certamente uma renovação do sentido de pertença salesiana, vivendo sete dias juntos em Valdocco – coração da salesianidade –; a seguir, uma experiência espiritual, iluminada por algumas conferências e reflexões sobre a salesianidade, realmente de alto nível; mais uma possibilidade de experimentar a fraternidade entre si – doze Inspetores procedentes de quatro Continentes – e o sentido de comunhão e unidade com toda a Congregação; e por fim, aquele que era um dos objetivos específicos do encontro: a possibilidade de um colóquio amplo e pessoal dos Inspetores com o Reitor-Mor e o seu Vigário. Graças a isso, cada Inspetor voltou à sua sede revigorado e com uma visão bem clara acerca dos desafios, das prioridades, dos caminhos propostos para serem seguidos ou alcançados.
Como encontrou os Inspetores a três anos da própria posse?
Achei-os com boa saúde – física, espiritual e vocacional –, com entusiasmo para o serviço e, claro!, também sob o peso das dificuldades existentes nas diferentes realidades; mas sobretudo com a serenidade de quem vê com esperança e otimismo o futuro da Inspetoria e da Congregação.
O CG27 tornou a repor no centro a fraternidade: foi possível senti-la nesses dias de encontro?
A fraternidade não é somente um núcleo do Capítulo Geral: adquire força somente quando é vivida! Foi uma experiência maravilhosa: de grande fraternidade na simplicidade do cotidiano e do tempo comum. Além do mais é um nosso próprio elemento: não se entende a vida salesiana sem esse espírito de família com que Dom Bosco sempre viveu.
Qual acha que será o influxo, pelos anos em fora, desse tipo de encontros?
Os Inspetores sublinharam-no mui decididamente: não foi somente um encontro. “Eles foram convocados” para alguma coisa assaz importante! Estou convencido de que, no futuro, a continuarmos assim, notar-se-ão claramente os bons efeitos desses encontros: seja por uma comunhão mais forte entre o Reitor-Mor com seu Conselho e cada Inspetoria, através da mesma Pessoa do Inspetor; seja através das caminhadas precisas de acompanhamento – o que afinal significa ter toda a Congregação, por assim dizer, “andando no mesmo trilho”, buscando o mesmo objetivo, com o mesmo espírito, com a mesma destinação.
