Quênia – A Chacina de Garissa: um ano depois

04 abril 2016

(ANS – Mombasa) – O fanatismo e a violência, expressos em seus níveis máximos, de terroristas que fazem irrupção numa Universidade – local de saber, de debate, de diálogo – para proceder a uma mortandade friamente planejada, primeiramente tomando como reféns mais de 700 alunos e depois separando-os segundo a sua capacidade de responder a algumas perguntas relativas à religião islâmica...: foi o que se deu em 2 de abril de 2015. “Daquele triste dia relembro os jovens subdivididos em filas, segundo a própria religião. Lembro que quase todos os que eram cristãos foram assassinados. E lembro também o número das vítimas: 148! Todos jovens. Inocentes. Indefesos. Desarmados!” – comentou, à organização “Ajuda à Igreja que Sofre”, Dom Martin Musonde Kivuva, Arcebispo de Mombasa, Quênia.

A um ano de distância, a cicatriz daquela horrenda ferida ainda não fechou. Também porque o assassinato causou danos também sociais, ainda não superados. “Antes do ataque, 85% do pessoal sanitário chegava de outras partes do país; assim como a metade dos professores. Como os terroristas mataram os não-residentes e os não-muçulmanos (….), muitos desses profissionais fugiram. Só no ‘município’ de Garissa faltam ainda ao chamado perto de 800 professores e um número, impreciso, de pessoal sanitário. Pelo que, houve escolas e centros sanitários que fecharam… A palavra ‘Garissa’ já está associada a uma ameaça” – explicou, à Rádio Vaticana, Tommy Simmons, fundador de ‘Amref Italia’, organização que desde 1957 está presente no Quênia e que, há um ano, interveio desde primeiro momento para socorrer as vítimas.

Para recordar na oração o trágico aniversário no Quênia foram organizadas muitas iniciativas. Na Arquidiocese de Mombasa, de que a Diocese de Garissa é sufragânea, as vítimas foram lembradas já durante toda a Semana Santa – especialmente na Via-Sacra – junto com as quatro Missionárias da Caridade, mortas no Iêmen, e com as demais vítimas do terrorismo. E, depois, também no dia exato do aniversário, com um momento de oração.

Já em Garissa, o Bispo, Dom Joseph Alexandre, celebrou a Santa Missa no Domingo da Divina Misericórdia, convidando a rezar pelas vítimas e seus Familiares. E também pela conversão dos assassinos.

InfoANS

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