A programação da tarde foi a mesma do dia anterior. As pessoas desfrutaram de um momento de diversão e alegria antes de ouvir o P. Francesco Marcoccio, que deu as boas-vindas e falou acerca das características do lugar em que estavam. Exortou a todos a valorizar tudo quanto estão a viver nestes dias. Em seguida, muitos compartilharam suas experiências – ficarão como boas lembranças na memória de todos.
Para começar, Maria Felicia e Sara Benatti partilharam sua experiência com o grupo 'Banco de Talentos', comunidade dedicada à caridade com os sem-teto, aos quais leva alimento (sanduíches, bolos, fruta, bebida...) todas as sextas-feiras à noite. Entretanto, o grupo vai além: não é só um serviço assistencial. "O objetivo principal do grupo não é somente distribuir refeições, bebidas...; é a criação de laços com as pessoas atendidas, estabelecendo relações de verdadeira proximidade mútua, que alimenta a Esperança e a alegria dos envolvidos (…). Além disso, para nós, voluntários, o serviço é uma forma de desenvolvimento humano e espiritual, promovendo a fraternidade e o apoio mútuo".
Em seguida, dois jovens egípcios falaram demonstrando gratidão. Souberam dos Salesianos por boca a boca entre os migrantes que circulavam pela Estação Termini, e, graças à escolinha de italiano, tiveram a oportunidade de melhorar suas vidas, encontrando acolhimento, suporte, um ambiente... familiar.
Lofty, de 19 anos, afirmou: "Aprendi muitas coisas aqui, fiz muitos novos amigos, como Hassan, que agora é como um irmão para mim. Para mim, esta escola é uma como segunda casa. Eu me sinto bem e não estou sozinho. Quero expressar minha gratidão a todos eles, pois são muito amáveis e sempre me auxiliam".
Seu compatriota Tarek, de 23 anos, acrescenta: "Estou na Itália há quase três anos e desde fevereiro comecei a frequentar esta escola para aprender italiano. Foi um período ótimo, pois nessa escola aprendi muitas coisas, conheci muitos jovens e não estava sozinho, pois havia muitas pessoas para me ajudar. Para mim, isso fez a diferença entre o antes e o agora; e, com muita alegria, já me matriculei para o próximo semestre; meu desejo é obter o Certificado de conclusão do Ensino médio".
Por fim, Patrícia e Francesca destacaram a produtividade e a importância da experiência do Centro de Escuta, iniciativa que começou como um simples serviço de assistência básica ("Pensamos em dedicar apenas alguns minutos de nossos dias a eles, oferecendo café da manhã àqueles que não conseguem encontrar um lugar no alojamento para os sem-teto") e evoluiu para um projeto mais amplo, que apoia os mais vulneráveis, principalmente os migrantes, no inevitável enfrentamento das complexidades burocráticas e humanas. Dão-se até as mais lindas descobertas quando "o serviço se transforma em família e a pessoa que antes era um beneficiário passa a ser um voluntário", conta Patrícia, emocionada.
Francesca acrescenta que essa experiência foi inestimável, porque lhe permitiu "voltar para casa com histórias reais, emoções sinceras, uma empatia verdadeira, como eu nunca havia sentido antes", convencida mais do que nunca de que "a vida pode nem sempre ser fácil ou doce, mas também que a força para não desistir pode fazer a diferença".
Patricia conclui com uma pequena pérola aos presentes: "No fundo, essas pessoas estão procurando um abraço e, pela minha experiência, percebi que quanto mais a gente der, mais receberá".
As histórias desses jovens, que descobriram um objetivo para suas vidas, causaram uma impressão significativa nos jovens que se dedicaram a ouvir seus testemunhos e a partilhar suas próprias vivências.
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