A Família Salesiana foi representada pelo P. Albeiro Rodas SDB, Diretor da obra ‘Don Bosco Kep’, do Camboja; P. George Plathottam SDB, da Índia; Irmã Dory Elena Ramirez FMA, com experiência pastoral entre as crianças Bunong em Mondulkiri, Camboja; Ir. Martina Thabah e Ir. Rita Kera, MSMHC [Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora, Congregação fundada em 1942 pelo Venerável Stephen Ferrando SDB] e Ir. Milagros Ramírez, Carmelita do Sagrado Coração e Missionária (que também serve no apostolado de Dom Bosco Kep).
A eles se juntaram: o Clero diocesano, Redentoristas, Jesuítas e Líderes leigos de oito Países asiáticos: Bangladesh, Camboja, Índia, Laos, Malásia, Tailândia, Timor-Leste, Vietnã.
Capacitar os intelectuais orgânicos à liderança indígena
O P. Albeiro Rodas, além de ser um membro engajado da Rede Católica de Povos Indígenas da Ásia (ROOTS), exerceu a função de diretor técnico do ToT. O programa foca na identificação dos Intelectuais Orgânicos, líderes naturais fortemente ligados às tradições ancestrais, à sabedoria comunitária e ao equilíbrio com a natureza, considerando-os os principais catalisadores de transformação nas Comunidades indígenas. Esses líderes se diferenciam dos intelectuais convencionais ao colocar o desenvolvimento comunitário em evidência por meio de vivências, percepções populares, resiliência cultural.
A ROOTS foi criada após uma série de reuniões em Chiang Mai entre o P. Niphot e Representantes de comunidades indígenas de toda a Ásia. Incentivada pela Federação das Conferências Episcopais da Ásia, a colaboração foi inspirada pelos ensinamentos do Papa Francisco sobre inclusão indígena, cuidado com a criação e sinodalidade, expressos em «Laudato Si’», "Laudate Deum" e "Querida Amazônia". Após o Fórum Asiático para os Povos Indígenas, realizado no Nepal em novembro de 2024, ROOTS foi formalizada como Plataforma para promover as vozes indígenas na criação de uma Igreja mais inclusiva. Como observa o P. Niphot, "não se trata da Igreja na Ásia, mas da Igreja asiática".
Metodologia ToT: aprendizado, imersão, transformação
Os participantes seguiram um processo de três etapas:
1. módulos pré-workshop on-line - para fornecer aos participantes os conceitos básicos dos sistemas de conhecimento indígena;
2. workshop presencial em Chiang Mai - com palestras do P. Niphot e uma experiência imersiva nos vilarejos Karen, onde os participantes passaram um tempo com comunidades que se tornaram modelos de capacitação cultural e sustentabilidade;
3. fase de aplicação pós-workshop – onde os participantes devem elaborar iniciativas locais que reflitam os princípios da ToT e enviá-las para certificação após um ano.
Esse processo dinâmico e reflexivo ‘reflete’ o espírito educativo salesiano, dando grande ênfase à formação, ao fortalecimento das comunidades de base e ao respeito pela sabedoria ancestral das comunidades vulneráveis.
Rumo a uma Igreja Sinodal e Indígena
Alinhada com a visão do Papa Francisco de um mundo mais inclusivo e sustentável, a presença da Família Salesiana no ToT representa um empenho crescente em promover conexões entre as culturas indígenas e a missão educativa e pastoral da Igreja. Essas iniciativas fornecem percepções valiosas para os projetos salesianos em toda a Ásia, especialmente no Camboja, onde o crescimento integral, a preservação da Casa Comum e a formação de jovens líderes estão fortemente alinhados com essa iniciativa.
