RMG – Viagem Apostólica do Papa à Hungria e Eslováquia, fazendo memória dos Beatos Mártires Estêvão Sándor e Tito Zeman

13 setembro 2021

(ANS – Roma) – No Ângelus de domingo, 5 de setembro, o Papa Francisco anunciava suas iminentes viagens à Hungria e à Eslováquia, e as confiava à intercessão dos tantos heroicos confessores da Fé, os quais testemunharam o Evangelho, nesses Países, por entre hostilidades e perseguições. “Ajudem eles – acrescentou – a Europa a testemunhar também hoje, não tanto com palavras mas sobretudo com fatos, com obras de misericórdia e de acolhimento, o bom anúncio do Senhor que nos ama e nos salva”.

Entre esses “tantos heroicos confessores da Fé” merecem recordados dois mártires da Família Salesiana, ligados a esses dois Países: o Bv. Estêvão Sándor (1914-1953), salesiano irmão, húngaro, vítima da intensa repressão antirreligiosa do regime comunista, beatificado em Budapeste, em 19 de outubro de 2013; e o Bv. Titus Zeman (1915-1969), salesiano sacerdote, eslovaco, mártir das vocações, beatificado em Bratislava em 30 de setembro de 2017.

Estêvão Sándor participou, com os Coroinhas de quem cuidava, do Congresso Eucarístico Internacional, realizado em Budapeste, em 1938. Nessa ocasião se encontrava em visita à Hungria também o então Reitor-Mor, P. Pedro Ricaldone, que, impressionado por aquele grupo de coroinhas, ou ministrantes, guiados por aquele jovem salesiano irmão, exclamou, num floreado acessível latim: “Admirabilis, inimitabilis”. Formavam aquele grupo de meninos e adolescentes perto de uma centena de componentes. A animação dos acólitos pelo Sr. Estêvão Sándor não só visava o Serviço do Altar: exigia a participação numa séria formação espiritual, através da oração, do canto, da frequência regular à liturgia. Os adolescentes passavam juntos também seu tempo livre. O amor a Jesus-Eucaristia levará Estêvão Sándor a dar sua vida sobretudo pela juventude húngara.

Tito Zeman, nascido numa família especialmente devota de Maria, cultivava, como todos os Eslovacos, a devoção a Nossa Sra. das Dores, venerada no Santuário de Šaštín. Em 1925, quando tinha 10 anos, teria gostado de ir até lá em romaria. Teve de renunciar porque adoeceu; mas pediu aos peregrinos que o fizessem por ele, enquanto ele rezaria desde casa. Poucos dias depois, quando eles voltavam, conseguiu permissão do pai para ser levado à soleira de casa: ansiava por participar das bênçãos trazidas pelos romeiros. Para satisfazer aos seus supernos desejos, a Tito bastou entrever, ao longe, a Cruz que abria a Procissão: voltou para dentro de casa. Mas naqueles poucos instantes algo de grande lhe havia acontecido...

Tito, de fato, ficara bom por intercessão da Santíssima Virgem Maria. Nos dias anteriores, sem nada dizer aos pais, Lhe tinha prometido que, se ficasse bom, “se tornaria Seu filho para sempre”. Nessas singulares palavras, havia Tito sintetizado um firme propósito de consagração. E como no ano precedente os Salesianos tinham inaugurado a sua primeira obra eslovaca perto do Santuário de Šaštín, Tito decidiu fazer-se salesiano sacerdote: a Casa dos Salesianos – assim arrazoava ele – é a Casa de Maria!

Confiando em Maria e animado pelo espírito apostólico de Dom Bosco, oferecerá a sua vida pela salvação das vocações, sofrendo a perseguição e obtendo a palma do Martírio.

InfoANS

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